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O parque do Lago das Rosas é o destaque desta semana na série "Por Trás do Nome", postada nas redes sociais da Alego

10 de Junho de 2021 às 17:36
Crédito: Seção de Publicidade
O parque do Lago das Rosas é o destaque desta semana na série "Por Trás do Nome", postada nas redes sociais da Alego
Lago das Rosas é tema da campanha "Por trás do nome"

A série, postada semanalmente nas redes sociais da Alego contando a história dos nomes dos logradouros públicos e de outros locais da Capital, visita hoje o mais antigo parque de Goiânia. O Lago das Rosas, até hoje um dos cartões-postais da cidade, já foi um balneário onde a população podia nadar nas águas do lago formado pela nascente do Córrego Capim Puba.

Segundo pesquisadores, os projetos da nova Capital de Goiás, traçados tanto por Atílio Correa Lima quanto por Armando de Godoy, privilegiavam o verde na nova cidade. Parques, cinturões verdes, alamedas e boulevares constavam das ideias dos homens que desenharam a nossa Goiânia.   

Embora um tanto descaracterizado, o projeto dos parques, sonhado lá na década de 1930, foi retomado e hoje a cidade conta com 42 áreas de parques, espalhadas por toda a Capital. 

De acordo com os registros do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU),  o primeiro deles foi o Lago das Rosas, que nasceu por sugestão dos gestores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1937. A ideia era aproveitar a extensa área verde que havia ali para a criação de um horto florestal. O local também seria um ponto de ligação entre Goiânia e Campinas, que de cidade se tornou bairro da nova Capital, mas nessa época ficavam separadas por uma grande área ainda não edificada da cidade que ainda se erguia. O projeto foi aceito e 4 anos depois, nos fundos de vale e junto à nascente do córrego Capim Puba, foi criado um verdadeiro complexo de lazer gratuito: o Horto Florestal, que servia para piqueniques e outros programas das famílias e o lago, onde as pessoas podiam tomar banho e que foi cercado de roseiras. Daí o nome Lago das Rosas. 

Ainda segundo os levantamentos do CAU,  no balneário havia, além do trampolim e das muretas, outros dois prédios para uso dos visitantes: “o Castelinho, ocupado pelos estudantes em suas ações, e outro, que misturava bar e boate e era frequentado por boêmios”. A mureta, que tem em seus pilares a figura de uma flor e os pontos cardeais e colaterais em seu centro, simbolizando a Rosa dos Ventos e o trampolim, foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os dois monumentos foram construídos no estilo Art Déco, símbolo de modernidade na época e que orientou a construção de vários outros prédios na cidade. 

Nos anos de 1950, o horto foi transformado no Jardim Zoológico de Goiânia e, no final dos anos 60, foi proibido o banho no Lago das Rosas, devido aos muitos casos de afogamento. 

Dos idos da sua construção até os dias de hoje, o Lago das Rosas, foi testemunha de inúmeras transformações, que fizeram de Goiânia uma cidade que em quase nada se parece com aquela pequena urbe que se formava na época em que foi idealizado. É um lugar símbolo da história da nossa cidade.   

Hoje, em seu entorno, o mercado imobiliário aproveitou as belezas e benesses do parque, para construir torres luxuosas, voltadas para um público seleto. Mas o parque, assim como na época de sua construção, continua abrigando todos, sem distinção de classe, que buscam ali desfrutar de suas inúmeras possibilidades de lazer, diversão e contemplação. Assim como deve ser uma cidade. 

Agência Assembleia de Notícias
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