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Campanha contra o machismo

20 de Março de 2017 às 13:11
Crédito: Foto Y. Maeda
Campanha contra o machismo
Menos Rótulo e Mais Respeito é o tema da audiência pública
Audiência que debateu a campanha “Menos Rótulos, Mais Respeito” tratou do machismo no ambiente de trabalho. A discussão teve o apoio dos deputados Adriana Accorsi, Virmondes Cruvinel e José Vitti.

A campanha “Menos Rótulos, Mais Respeito” que combate ao machismo, foi tema de audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira, 20, no Auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa. As discussões foram promovidas pelos deputados Virmondes Cruvinel (PPS) e a presidente da Comissão de Segurança Pública da Alego, deputada delegada Adriana Accorsi (PT). O presidente da Casa José Vitti (PSDB), juntamente com as procuradoras do Estado que idealizaram o projeto: Carla Von Bentzen, Fabiana Bastos, Poliana Dias Alves Julião e Bárbara Gigonzac.

Participaram dos debates procuradoras do Estado, secretária de Estado da Secretaria Cidadã, deputada Estadual licenciada, Lêda Borges. Também estiveram presentes a secretária municipal de Políticas Para as Mulheres, Célia Valadão, representando a Secretaria da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e Execução Penal, Lucelma Messias de Jesus, a presidente da União Brasileira de Mulheres, Lúcia Rincón e a diretora da Faculdade de Comunicação e Informação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Pereira de Lima.

Durante mais de duas horas foram discutidos os diversos tipos de assédios sofridos pelas mulheres em seu cotidiano, além das formas de como combatê-los e mostrar à sociedade que não é apenas o homem que contribui para esses casos, mas, a sociedade em geral.

A campanha “Menos Rótulos, Mais Respeito”, além de confrontar a discriminação envolvendo gênero, evidencia a disparidade entre mulheres e homens nos três poderes. Segunda Fabiana Bastos, uma das idealizadoras do projeto, dados divulgados pela União Interparlamentar, relativos a dezembro de 2016, de um total de 193 países, o Brasil ocupa a 155ª posição no ranking de representação feminina no Poder Legislativo, o que corresponde a apenas 9,9% na Câmara dos Deputados e 16% no Senado Federal.

De acordo com a classificação, o Brasil está atrás até mesmo de países como Iraque, Tunísia e Arábia Saudita. “Nos últimos cinco anos, o Brasil vem progressivamente amargando a perda de posições no ranking. A socióloga Fátima Pacheco Jordão, diretora do Instituto Patrícia Galvão e integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras, afirma que, no atual ritmo, a paridade entre homens e mulheres no Legislativo somente seria alcançada em mais de 150 anos. É uma realidade lamentável”, acusa a procuradora do Estado de Goiás Fabiana Bastos.

A secretária municipal de Políticas para as mulheres, Célia Valadão, falou sobre a ampliação das estruturas que dão amparo às mulheres vítimas de agressão, destacando que o papel da Secretaria é ampliar o serviço que busca proteger a mulher que enfrenta diversos tipos de violência perante a sociedade.

Para o deputado Virmondes Cruvinel (PPS) que também é apoiador da causa, a audiência pública é de grande interesse da sociedade. Ele enfatizou que a campanha veio para mostrar que é preciso lutar pelos direitos da mulher mesmo já estando no século 21 e parabenizou as procuradoras que idealizaram a campanha.

A presidente da Comissão de Segurança Pública da Casa, deputada delegada Adriana Accorsi, enalteceu as procuradoras do Estado, destacando que há muito ainda a ser feito para o Brasil se tornar um país mais igualitário. No entanto, essa audiência é uma das diversas provas que a mulher está ganhando mais espaço perante a sociedade.

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