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Operação Carne Fraca

24 de Março de 2017 às 12:50
Crédito: SERGIO ROCHA
Operação Carne Fraca
Audiência sobre a Operação Carne Fraca
Participantes da audiência, proposta por Isaura Lemos, debateram os desdobramentos da operação “Carne Fraca”, da PF, e criticaram a forma como as investigações foram divulgadas.

A operação “Carne Fraca”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última semana, revelando um esquema de corrupção e pagamento de propinas a fiscais agropecuários para liberar carne adulterada e imprópria a consumo, para supermercados, foi tema de audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira, 24, no Auditório Solon Amaral da Assembleia Legislativa. As discussões foram promovidas pela deputada Isaura Lemos (PCdoB).

Participaram dos debates o superintendente federal substituto do Ministério da Agricultura em Goiás, Ricardo Augusto de Faria e Silva; o gerente de fiscalização do Procon Goiás, Marcos Rosa de Araújo; representante da Anvisa, Luciana Ribeiro Carneiro Silva; a gerente da área de produtos da Vigilância Sanitária em Saúde do Estado de Goiás, Eliane Rodrigues; o presidente da Subcomissão de Direito Médico, Sanitário e Defesa da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil, Ricardo de Mendonça Neto; e o gerente de inspeção da Agrodefesa, Paulo Roberto Lucas Viana Filho.

Durante mais de duas horas foram debatidos os diversos aspectos que levaram a carne brasileira a ser notícia nos principais jornais do País e do mundo, além da maneira de como a Polícia Federal divulgou esta operação, inclusive, sendo criticada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

Desde que a operação foi deflagrada, diversos países, como Japão, Suíça, China, Hong Kong e México divulgaram a suspensão de compra da carne brasileira, seja em sua totalidade ou apenas daqueles frigoríficos que estão sendo investigados pela Polícia Federal e outros órgãos competentes.

A deputada Isaura Lemos destacou que num mundo capitalista, a questão da carne é uma plataforma muito visada dentro e fora do País. Segundo ela, no que o Brasil se destaca faz com que outros grupos tenham interesse, além da agroindústria ser um grande polo de exportação e economia para os brasileiros. “Somos a favor da apuração dos fatos, da prática correta e processamento desses alimentos, principalmente quando se trata de comida diária da sociedade. Essa operação não pode destruir nossa posição no mercado nacional e mundial da comercialização de carne”, enfatiza a parlamentar.

Durante a audiência pública, o superintendente-substituto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado de Goiás, do Minstério da Agricultura, Ricardo Augusto de Faria e Silva, falou da repercussão em nível mundial da operação “Carne Fraca”, que começou com a denúncia de um fiscal. “A maneira que a Polícia Federal colocou esse assunto na mídia foi desastrosa. Isso porque é uma porcentagem muito pequena dos frigoríficos que está sendo investigado.”

De acordo com a gerente da área de produtos da Vigilância em Saúde do Estado de Goiás, Eliane Rodrigues, foi notado que nas últimas visitas realizadas a essas indústrias os produtos oferecem total condição de serem utilizados. Eliane enfatiza a importância de assegurar ao consumidor que eles tenham segurança dos alimentos que chegam a sua mesa.

Ricardo de Mendonça Neto, presidente da Subcomissão de Direito Médico, Sanitário e Defesa da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), condena informações erradas que foram divulgadas pela operação. Segundo ele, é preciso que esses órgãos fiscalizadores como Procon, Vigilância Sanitária, dentre outros, analise o que realmente está sendo investigado. “Até o momento não foi comprovado o papelão na carne, como foi divulgado na mídia”, afirmou.

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