Está sendo realizado na manhã desta quarta-feira, 19, no Auditório Solon Amaral da Assembleia, ciclo de debates sobre a conjuntura política e os caminhos para Goiás e o Brasil. O evento é promovido pela direção estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), e conta com a presença do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

O evento tem participação de parlamentares petistas, como o deputado federal Rubens Otoni, os deputados estaduais Delegada Adriana Accorsi e Humberto Aidar, e o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide, além de líderes sindicais e partidários, estudantes e representantes da sociedade civil organizada.

O evento é um esforço das lideranças do partido em realinhar a militância no intuito de reconquistar o espaço político perdido após o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef. O ciclo é também oportunidade para filiados ou simpatizantes expressarem sua opinião de forma totalmente livre e ajudarem no fortalecimento do partido.

Em entrevista à Agência Assembleia de Notícias, Fernando Haddad destacou que o país vive hoje uma situação de casuísmo, de ferida da democracia. “O país está sendo conduzido por rumores, não existem regras claras e o que vemos diariamente é a retirada de direitos da nossa população”, ressaltou.

O ex-prefeito disse que o país se encontra estagnado nessa situação que, afirmou ele, foi criada pela oposição ao promover a destruição do governo Dilma e do desenvolvimento social conquistado de 2003 à 2014. Esse processo, disse, continua atualmente com o que ele chama de perseguição ao ex-presidente Lula, em referência à condenação de nove anos e meio por corrupção, imposta pelo juiz Sergio Moro ao petista. Haddad reconhece que seu partido também cometeu erros.

Haddad destacou a importância da valorização da militância nesse período que, segundo ele, permite agora que haja novamente uma conversa com a população.

A deputada Delegada Adriana Accorsi, que está a frente do partido em Goiânia, também destacou que o PT está em fase de fortalecimento e conseguindo retomar o diálogo com a sociedade. “Não é pela falta de representação política que medimos nossa força. Já estivemos em situações piores neste prisma e isso significa apenas um momento”, destacou a deputada.