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Adriana Accorsi destaca a importância da mobilização contra o feminicídio

21 de Novembro de 2017 às 09:43

A deputada Delegada Adriana Accorsi (PT), propositora da audiência que discute o feminicídio em Goiás, agradeceu ao Coral Mulher e a todos os componentes da mesa, em especial ao representante do Governador Marconi Perillo (PSDB), Adailton Florentino. “Sei que o Governador é muito acessível, mas peço que tudo que for acordado aqui hoje você leve até ele para que nos ajude com esse problema tão sério”, falou.

“Nada mais justo que trazer esse tema para essa Casa do povo. Hoje a violência contra as mulheres, especialmente o feminicídio, é o mais grave. Hoje as meninas não podem nem recusar um relacionamento amoroso que correm o risco de serem assassinadas, como ocorreu com a menina Rafaela em Alexânia de Goiás”, lembrou.

Ela ainda ressaltou que os homens deveriam se mobilizar também no combate  a esse crime. “Apesar de todos os esforços, nós temos hoje um Estado que está crescendo em número de violência contra as mulheres. O que é pior é que não vemos a sociedade se reunir em torno desse tema. Não são só as mulheres devem se mobilizar, mas homens também.”

Adriana explica que o feminicídio é a violência mais extrema, mas até o agressor chegar a esse extremo a mulher passa por muitos problemas graves, como violência psicológica e sexual. “Essa história de que quem ameaça não faz não é verdade, quando se fala em violência contra mulher, pois quem ameaça faz sim. Ela passa por diversos tipos de violência antes de ser assassinada, não só fisicamente, mas psicológica, verbal e sexualmente também”, destacou.

Projeto de Lei

A parlamentar apresentou Projeto de Lei nº 4492/17 que torna 6 de novembro o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. “A data servirá como marco de luta contra esse problema que afeta a sociedade, com campanhas de conscientização, debates, seminários e ações de modo a fortalecer a luta diária pela segurança e respeito às mulheres”, afirma Adriana.

“Como delegada e agora deputada, tenho lutado para defender as mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência. Tenho afirmado a necessidade de estruturação dos órgãos de defesa das mulheres como Deams, abrigos e juizados, e que também é preciso transformar a cultura machista que leva a estas violências, e por isso a necessidade deste dia para reflexão e conscientização de toda a sociedade sobre o tema”, explicou.

O dia 6 de novembro foi escolhido como a data para tratar sobre a problemática em memória da menina Raphaella Noviski Romano, de 16 anos, que foi morta a tiros dentro de uma escola estadual na cidade de Alexânia, no dia 6 deste mês. “O autor dos disparos afirmou que sentia muito ódio da menina, pois tentou namorar com a vítima, mas foi rejeitado. Por conta disto resolveu comprar uma arma e praticar o crime”, disse a deputada.

Por fim, a parlamentar ressaltou que o combate ao feminicídio é e sempre será uma bandeira pessoal e faz parte do tripé principal de lutas de seu mandato.

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