Política de Sangue em Goiás
A Assembleia Legislativa promoveu, ao longo desta manhã de terça-feira, 21, no Auditório Costa Lima, debate sobre Política de Sangue em Goiás. O evento foi realizado pela Comissão de Saúde e Promoção Social da Alego, com apoio da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e do Conselho Estadual de Saúde (CES).
Compuseram a mesa dos trabalhos o deputado Lincoln Tejota (PSD), presidente da Comissão de Saúde e Promoção Social da Alego; Rafael Arruda, procurador do Estado; Rômulo Alves de Oliveira, secretário executivo do CES; Deusdedith Vaz, superintendente executivo da SES; Venerando Lemos de Jesus, primeiro secretário do CES; e Luzineia Vieira, segunda secretária do CES. Em seguida, o ex-deputado e atual presidente da CUT, Mauro Rubens, chegou para compor a mesa.
Lincoln disse que realizou visitas em todas as unidades de saúde do Estado nos últimos meses, e apresentou relatórios destacando as melhorias que deviam ser feitas em cada uma delas, pontos positivos e negativos, entre outros detalhes. “Cobrei do Governo do Estado, que prontamente atendeu as demandas mostrando que está sempre trabalhando junto com esta Casa de Leis."
Procurador do Estado, Rafael Arruda, destacou que esse modelo de gestão alternativo, através das Os, que o Governo Estadual visa implantar, está amparado por lei. No entanto, afirmou que o Poder Público irá continuar responsável pela saúde do Estado, inclusive na questão dos hemocentros.
Segundo o Procurador, o direito à informação sobre a origem e procedência do sangue, serviço de hemoterapia responsável pela sua origem, segurança na estocagem e transporte de sangue, entre outras coisas continuará de responsabilidade do Estado. “O Estado não perde a função de garantir o resultado na elaboração da política, no controle, fiscalização, supervisão e regulação dos hemocentros” afirmou.
A segunda secretária do Conselho Estadual de Saúde, Luzineia Vieira, enfatizou que gostaria de ter visto mais pessoas na audiência. “Mesmo sendo contra a decisão do Governo é preciso respeitar. Deixo claro que defendo uma administração direta e transparente para todos, totalmente ao contrário desta que está sendo imposta. O Estado não consegue desempenhar seu simples papel”, afirmou.
Já o presidente da CUT, o ex-deputado Mauro Rubem, discordou da fala do procurador Rafael Arruda. “A política de terceirização é um fracasso. Os grandes hospitais do Estado funcionam em sua capacidade total bem inferior do que antes das Os. Não conseguimos colocar nossos pacientes na rede pública que foi privatizada. A Saúde do Estado não está bem e tende a piorar”, lamentou.