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Professoras da UFG apresentam cenários e diretrizes do Plano de Desenvolvimento Integrado

15 de Dezembro de 2017 às 11:17

Englobando mais de vinte municípios, a Região Metropolitana de Goiânia receberá um novo Plano de Desenvolvimento Integrado, elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos de Goiás (Secima), em parceria com a UFG. Esse assunto está sendo discutido na manhã desta sexta-feira, 15, na Assembleia Legislativa.

A professora do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da UFG (Iesa), Celene Cunha Monteiro, deu início a apresentação do Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Goiânia durante a audiência.

“Observamos que as condições socioeconômicas como um tema bastante problemático, também há a questão da mobilidade. Queremos com esse Plano fortalecer os municípios. Essas audiências tem um significado muito forte pois é durante elas que discutimos e definimos metas para melhorar a situação da região”, falou Celene.

Ela explicou que os técnicos buscam, com o Plano, uma região com crescimento econômico equilibrado entre o conjunto de municípios que gere emprego e renda para as pessoas. “Queremos a expansão da oferta de serviços profissionais intensivos em conhecimento e tecnologia. Propomos criar políticas de desenvolvimento regional procurando diminuir as desigualdades, tornar a região um polo atrativo”, citou.

Desenvolvimento urbano

A professora Miraci Kuramoto Nucada, docente de arquitetura e urbanismo e integrante da equipe elaboradora do Plano explicou que de acordo com os estudos realizados pela equipe de elaboração do PDI-RMG, a região metropolitana de Goiânia tem a capacidade de abrigar quase 10 milhões de habitantes, nos seus mais de 480 mil lotes vazios.

“É preciso regionalizar melhor os serviços públicos da União e do Estado. Dimensionar os serviços e equipamentos para o tamanho da população. Necessário planejar e equilibrar a densidade populacional e definir prioridades e prazos para a implantação de equipamentos no Plano Diretor”, falou Miraci.

Ainda sobre o desenvolvimento urbano e econômico, a equipe apresentou dados sobre déficit de escolas, creches, hospitais, entre outros aparelhos públicos, em relação ao que dizem os protocolos internacionais.

Sobre os recursos hídricos, as professoras apontaram como diretrizes ações conjuntas para reduzir a poluição ambiental; monitoramento do lençol subterrâneo; ações de recuperação de bacias; preservar o que ainda resta de área verde na Região Metropolitana; melhorar o sistema de outorga. Quanto ao abastecimento de água, de acordo com eles, em Trindade não existirá água para 2030.

Transporte coletivo

A professora Érika Kneib, docente da UFG apresentou dados referentes à Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) e afirmou que Goiás caminha na direção apontada internacionalmente, em relação a formação de redes para a gestão da mobilidade urbana.

No entanto, conforme os dados apresentados pela professora, a demanda pelo transporte coletivo tem sofrido queda. “As pessoas abandonaram o transporte coletivo para utilizar veículos particulares e isso significa um problema ainda maior para o trânsito nas cidades”, disse.

Para ela, o objetivo é mudar esse cenário, o transporte público deve ser a prioridade, mas para isso tem que melhorar. “É preciso implementar e estruturar um órgão gestor de mobilidade urbana da região metropolitana. Queremos o desenvolvimento de uma rede urbana policêntrica”, tratou.

“Nós queremos a valorização e priorização do transporte coletivo. Se não tiver desenvolvimento público no sistema de transporte ele ficará defasado e isso precisa ser pensado e levado a sério. É preciso políticas urbanas para racionalização do uso do transporte público”, ressaltou a professora.

 

PDI- RMG

O principal objetivo do Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Goiânia é a implantação de um novo modelo de governança para a Região Metropolitana, adaptando a legislação estadual ao novo Estatuto da Metrópole, Lei 13.089, de 12 de janeiro de 2015, que busca solucionar os gargalos hoje existentes, além de proporcionar maior autonomia na implementação das funções públicas de interesse comum aos municípios que compõem a RMG. O Plano tem por meta melhorar a qualidade dos serviços públicos da RMG, que engloba o transporte público, saneamento, resíduos sólidos, drenagem, uso do solo, loteamentos, entre outros. Ele adiantou que em breve todos os prefeitos dos 20 municípios que compõem a RMG apresentarão para o governador Marconi Perillo um detalhamento do desenvolvimento do Plano em seus respectivos municípios. 

 

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