Ao reiniciar os trabalhos na tarde de quinta-feira, 15,  um dos assuntos recorrentes entre os parlamentares e tema de preocupação é garantir o quórum no plenário, uma vez que trata-se de ano eleitoral.

O segundo secretário da Mesa Diretora, deputado Bruno Peixoto (MDB), afirmou em entrevista, que esse será um dos focos do trabalho esse ano.“Nós da Mesa Diretora iremos trabalhar para manter o quórum das sessões e com isso garantir a votação de projetos e requerimentos, além dos debates, que prometem ser calorosos, mas sem perder o respeito. Por isso mesmo, já aprovamos no ano passado o corte de ponto dos deputados faltosos, que sentiram no bolso, a falta de compromisso com o trabalho para o qual foram eleitos”, reforçou Bruno.

A deputada delegada Adriana Accorsi (PT), concorda com a postura da Mesa e lembra que, apesar de ter sido candidata a prefeita de Goiânia, no último pleito eleitoral, continuou marcando presença em praticamente todas as sessões da Assembleia.

“Eu acredito que temos que nos dedicar com a presença, já que é um erro grave e sério deixar as obrigações do Parlamento de lado, para fazer campanha. A população tem direito de se ver representada em discussões e votações importantes, pois é aqui que está em jogo, o direito e a qualidade de vida do povo de Goiás. O deputado precisa ter responsabilidade e, por isso, sou totalmente favorável com o corte de ponto dos faltosos”, defendeu a parlamentar.

Outro parlamentar que manifestou sua preocupação com o quórum das sessões desse ano, foi Simeyzon Silveira (PSC) que reforçou que os deputados candidatos precisarão se desdobrar para cumprir sua função parlamentar. Lembrou ainda que se trata de um ano atípico para a Casa, onde os ânimos e as discussões se inflamam e isso reflete na tribuna.

“A população tem que ficar muito atenta tanto com os deputados que cumprem suas funções, quanto com aqueles que são os faltosos e, com isso, avaliar e trazer novamente, somente os que tem compromisso com o trabalho o qual foi eleito. O próprio portal da Assembleia mostra isso e a imprensa pode mostrar para o povo, quem são os assíduos e os que não são” apontou o parlamentar.

Simeyzon defendeu ainda que a população não faça movimento de protesto usando votos brancos ou nulos, pois, segundo ele, quando o voto consciente deixa de ser feito, os esquemas prevalecem. “O mau político quer que a população se afaste do processo eleitoral, quer que o povo não vote, para que os esquemas prevaleçam. A população precisa aprender a fazer protestos inteligentes, escolhendo quem representa suas ideias e ideologias. Não existe transformação sem envolvimento”, concluiu.