Pai de jornalista morto fala de importância de trazer famílias para a luta contra a homofobia
Isaura Lemos (PCdoB) inicia sessão de homenagens da audiência pública que debate “LGBTfobia e suas consequências”. Avelino Fortuna, pai do jornalista goiano Lucas Fortuna, morto, aos 28 anos, em crime de homofobia, em uma praia de Pernambuco, no ano de 2012. Ele destacou a importância de trazer as famílias para a luta. “Vamos tirar os pais e mães do armário”, disse.
Ele falou como a morte do filho e da mulher o levou à militância em prol da causa LGBT em todo o país. “Receber essa homenagem em Goiás é muito significativo para mim, porque foi aqui onde tive o privilégio de ver nascer, na minha casa, o grupo de defesa LGBT Colcha de Retalhos, onde tive a honra de carregar essa bandeira por ter colocado no mundo esse cidadão que me ensinou o que é amar. E é esse amor que me mantém vivo hoje. A morte do Lucas me tirou da minha zona de conforto. Com a falta dele eu tomei, como minha, a luta deles, que é uma luta de todos nós, por Direitos Humanos", concluiu.
A audiência pública está em andamento no Auditório Costa Lima, da Assembleia Legislativa. O evento marca a passagem, nesta quinta-feira, 17, do Dia Internacional e Estadual de combate à Homofobia. Na ocasião, 74 pessoas que se destacaram na luta em prol da causa são homenageadas com Prêmio Orgulho LGBT.