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Novas universidades goianas

22 de Maio de 2018 às 16:37
Crédito: Sérgio Rocha
Novas universidades goianas
Os desafios das novas universidades federais em Goiás
Por iniciativa do deputado Karlos Cabral, audiência pública debate desafios das novas universidades federais criadas em Goiás. As unidades foram instaladas nos municípios de Jataí e Catalão.

A Assembleia Legislativa sedia, na tarde desta terça-feira, 22, audiência pública para debater a realidade e os desafios das novas universidades federais no Estado de Goiás, instaladas nos municípios de Jataí e Catalão. Promovido e presidido pelo presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Casa, deputado Karlos Cabral (PDT), o debate tem lugar no Auditório Costa Lima.

As regionais de Jataí (UFJ) e de Catalão (UFCat) são desmembramentos da Universidade Federal de Goiás, criadas após aprovação do Governo Federal, e com a transferência automática dos prédios, cursos, alunos e de cargos ocupados e vagos de pessoal da UFG para as novas instituições. Contudo, nos próximos seis meses a UFG ainda será a mantenedora de ambas regionais.

Compõem a Mesa da audiência, ao lado do parlamentar do PDT, o assessor especial da Governadoria, Jonathas Silva; o reitor em exercício da Universidade Federal de Goiás e pró-reitor de Extensão e Assuntos Estudantis, Marcos Antonio Cunha Torres; o diretor da regional de Jataí, Alessandro Martins; a diretora da regional de Catalão, Roselma Lucchese. E ainda, o diretor-presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) e professor da Escola de Agronomia e Engenheira de Alimentos da UFG, Flávio Alves da Silva.

O parlamentar justifica que a população necessita se inteirar dessa novidade de acesso ao ensino superior em Goiás, porque deve suscitar as demandas para efetivação, implantação e consequente funcionamento destas novas universidades.

“Estamos vivendo um novo momento do ensino superior, aqui em Goiás, com a criação das duas universidades. E dando um salto relativo à quantidade de instituições de nível superior e assim nos igualando com nosso vizinho Mato Grosso do Sul, que tem quatro universidades federais e um instituto federal. Agora, temos três universidades federais e dois institutos federais que oferecem formação técnica, tecnológica e superior. Teremos, consequentemente, mais acesso ao ensino superior público e gratuito”.

De acordo com o deputado, o objetivo com a audiência pública é ampliar o debate com a sociedade sobre a existência destas duas instituições, inclusive no sentido de pertença das mesmas. E para promovê-las para os estudantes que sonham em ingressar no ensino superior gratuito. Há também a possibilidade de criação de novos cursos, novas vagas e oportunidades de acesso.

O diretor regional do campus de Jataí, Alessandro Martins, também repercutiu sobre a criação das duas instituições.  “Um momento importante e especial para nossa comunidade universitária, para Jataí e todo o Sudoeste goiano. Depois de 60 anos, o Estado de Goiás terá mais duas universidades federais, resultado do desmembramento da UFG. São campus nomeados de regionais. Unidades autônomas e independentes para todas as ações administrativas e acadêmicas, fruto do trabalho dos que nos antecederam, para permitir que a universidade fosse levada para o interior goiano, ali se fixasse e se ampliasse, e agora se consolidado como instituições independentes”.

Para ele, como a UFG se expandiu este desmembramento foi algo natural, demanda da comunidade acadêmica. O diretor aponta como resultado deste desmembramento a criação de políticas específicas para formação e qualificação daqueles que adentram essas unidades.

Demandas

Ao final da audiência, os debatedores ouviram questionamentos e solicitações do público em relação à situação das duas regionais.

Uma das preocupações é referente à escassez de recursos financeiros provenientes do Governo Federal para manter as instituições recém-criadas. Eles solicitaram que o deputado Karlos Cabral possa intermediar, junto a parlamentares estaduais e federais, para que haja destinação de recursos suficientes para mantê-las em funcionamento.

Outra questão levantanda foi sobre a evasão de estudantes. Um participante sugeriu que haja a criação de cotas para estudantes locais dentro destas unidades, o que deve entrar nos encaminhamentos a serem feitos pelos organizadores do debate.

O deputado se colocou à disposição da comunidade acadêmica, afirmando que enviara os encaminhamentos à bancada goiana de parlamentares no Congresso Nacional para garantir a destinação de recursos financeiros. Ele também se prontificou a apresentar emendas ao Orçamento do Estado de Goiás para 2018 com este mesmo objetivo.

Os novos campus

A transferência dos cursos, estudantes e servidores foi efetuado de forma automática, mas a transição está sendo gradualmente e orientada. A previsão é que a UFCat realize concurso para 81 cargos efetivos de servidores técnico-administrativos e tenha ainda autorização para criar 40 cargos de direção, 225 funções gratificadas e 5 funções comissionadas de coordenação de curso. Já a UFJ terá 67 novos cargos efetivos de técnicos administrativos, 40 de direção, 222 funções gratificadas e duas funções comissionadas.

A UFG regional de Catalão foi criada em 1983, inicialmente com a oferta de cursos de licenciatura. A nova UFCat oferece atualmente 21 cursos superiores de graduação em diversas áreas e conta com uma unidade construída em área de  quase 90 mil metros quadrados. Já a primeira regional de Jataí, criada em 1980, foi o primeiro campus fora da sede da UFG. A UFJ conta, agora, com 25 cursos de graduação divididos em duas unidades: campus Riachuelo e campus Jatobá. A comunidade acadêmica é composta de cerca de 4 mil pessoas. A universidade oferece ainda cursos de Ensino à Distância (EaD) e coordena mais de 300 projetos de pesquisa e extensão.

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