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Alego sedia Encontro Nacional de Gays e Bissexuais

06 de Julho de 2018 às 11:42
Crédito: Sérgio Ricardo Sandes Rocha
Alego sedia Encontro Nacional de Gays e Bissexuais
V Encontro Nacional da Articulação Brasileira de Gays

A Assembleia Legislativa (Alego) sedia, ao longo deste final de semana, o 5º Encontro Nacional de Gays e Bissexuais (Enartgay). O evento teve início na manhã desta sexta-feira, 6, e será encerrando no domingo, 8. Com o tema “Resistir, Lutar e Prevenir”, esta edição presta homenagens, in memorian, a jovem liderança do movimento, Cássio Guilherme dos Santos, falecido em dezembro passado. A iniciativa conta com o apoio do deputado Luis Cesar Bueno (PT).

Antes da abertura do evento, o parlamentar se reuniu com lideranças nacionais ligadas à causa para definir estratégias capazes de alavancar a pauta na Alego. Ele informou que está fazendo levantamento de projetos que se encontram em tramitação nesta Casa de Leis, a fim de reforçar a cobrança para a aprovação de cada um deles. A iniciativa conta ainda com a parceria do deputado Karlos Cabral (PDT).  

Para Bueno, a principal preocupação é com o aumento da violência contra essa camada da população no estado, que atinge, sobretudo, os segmentos mais jovens e das periferias. “Existem relatórios que mostram Goiás como um dos estados mais homofóbicos do Brasil o que é muito ruim para nós. A Assembleia deve garantir ações mais efetivas de combate à homofobia e, sobretudo, de defesa a políticas públicas que façam a inserção, na sociedade, de uma comunidade numericamente grande e que está extremamente marginalizada”, ponderou.      

A secretária nacional do PT para as causas LGBT, Janaína Oliveira, reforçou a importância do apoio da Alego ao movimento. Para ela, o Brasil está vivendo, de forma geral, um momento de retrocesso nas políticas públicas e profundo conservadorismo nas pautas sociais, que afeta as diferentes instâncias de poder. “É um processo que desconstrói a inclusão, retirando essa população de espaços conquistados, que garantiam acesso às universidades, à moradia digna, ao emprego. Por isso é importante essa parceria, porque a gente traz as demandas da luta, que precisam ser reconhecidas dentro das leis”, defendeu.   

Segundo a organização do evento, uma das principais reivindicações atuais do movimento é a luta por reconhecimento, mediante a aprovação de leis que tipifiquem crimes de homofobia, a exemplo do que já se aplica a outras minorias, como as lei de combate ao racismo e ao feminicídio, dentre outras. Dados divulgados pelo o Disque 100 para a defesa de Direitos Humanos revelaram que, em 2017, foram registradas mais de 1,5 mil denúncias de violações contra população LGBT no Brasil.

Na programação do evento, que está em andamento no Auditório Solon Amaral da Alego, estão inseridos debates sobre saúde integral, educação, assistência social, emprego e renda, juventude e envelhecimento da população LGBT, dentre outros assuntos de interesse do movimento. Ao final, será divulgado documento intitulado “Carta de Goiânia”, a ser entregue a autoridades municipais, estaduais e federais.

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