Durante o Pequeno Expediente, a deputada Isaura Lemos (PCdoB) disse que o início das articulações para a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para a próxima Legislatura é natural, mas os parlamentares deveriam se preocupar para o país que emergirá após o segundo turno das eleições para presidente do Brasil. De acordo com ele, o que está em jogo não é posicionamento ideológico, mas o futuro das próximas gerações.

“Acho muito natural que já comecem a se preocupar com o processo sucessório na Casa. Mas deveríamos nos preocupar mais com o futuro que nos aguarda a partir de 28 de outubro. Não é porque sou deputada comunista, que defende interesses do país, já que todos vocês têm um sentimento nacional. O que está em jogo não é direita ou esquerda, mas o futuro das novas gerações do Brasil”, afirmou a deputada.

Isaura Lemos disse que a pauta moral tem sido predominante no debate eleitoral para esconder a falta de clareza dos projetos para o país. Para a parlamentar, haveriam dois projetos em discussão: um que vincularia o país ao chamado capital estrangeiro e outro que teria um perfil mais nacionalista, que asseguraria a democracia.

“O que será das nossas crianças se o ensino fundamental for à distância, reduzindo o papel da escola na formação dos cidadãos? E a saúde, quando se falar em privatizar o setor? Disseram que as Organizações Sociais resolveriam os problemas dos hospitais e os entregaram para entidades privadas. Veja o caso do Hugo, que recebeu R$ 50 milhões do governo Dilma Rousseff para uma reforma e do entregue para a OS. Até em economia a pauta tem sido moral para encobrir o que está por trás disso. Qual o plano econômico de Bolsonaro? O que pretende para a economia e o direito dos trabalhadores? Precisamos discutir o Brasil. Há um projeto de entreguismo do país para o capital estrangeiro e outro, nacionalista, para assegurar a democracia”, afirmou a deputada.