A delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente, Ana Elisa Gomes Martins, também fez suas colocações na reunião que está sendo realizada neste momento, na Assembleia Legislativa. A delegada afirmou que o local onde os adolescentes estão internados é um “depósito de seres humanos”.

Ana Elisa questionou se a sociedade quer que se coloque os adolescentes encarcerados em situação tão desumana. Ela disse que pode se comprometer a dar atenção especial às denúncias de crimes do Centro de Internação para dar resposta de forma imediata.

"Chamo a atenção para uma lei que entrou em vigor em abril do ano passado que estipula que existam varas especializadas em crianças e adolescentes. É muito importante que levantemos essa bandeira para implementarmos essas varas especializadas com mais sensibilidade e profissionais mais preparados. Deixo a minha indignação pelo que aconteceu. Não temos mais que apontar a falha do Estado e sim sermos proativos para melhorar essas situações”, disse a policial civil.

A audiência pública, com representantes da Defensoria Pública, é realizada pela Comissão da Criança e do Adolescente para discutir, com representantes da Defensoria Pública, o cálculo das indenizações que o Estado pagará às famílias adolescentes vitimados no incêndio ocorrido no Centro de Internação Provisória (CIP). O incêndio aconteceu em maio de 2018 e deixou nove adolescentes mortos. O evento tem lugar no Auditório Solon Amaral, na manhã desta terça-feira, 19.