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Mãe de menor morto em incêndio diz que ressocialização não está funcionando

19 de Março de 2019 às 11:12

A dona de casa Luciana Pereira Lopes, mãe do menor Lucas Raniel Pereira Lopes, uma das vítimas do incêndio do Centro de Internação Provisória (CIP), ocorrido em maio do ano passado, afirma que “as famílias precisam de socorro." Segundo ela, o lugar não recupera ninguém. "Falar da falta de sabonete, de shampoo, não é nada. Lá estão destruindo vidas”, pontua.

O protesto de Luciana foi feito na audiência pública da Comissão da Criança e do Adolescente para discutir, com representantes da Defensoria Pública, o cálculo das indenizações que o Estado pagará às famílias adolescentes vitimados no incêndio ocorrido no Centro de Internação Provisória (CIP). O incêndio aconteceu em maio de 2018 e deixou nove adolescentes mortos. O evento tem lugar no Auditório Solon Amaral, na manhã desta terça-feira, 19.

A dona de casa disse ainda que a percepção dela e de outras mães de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas é de um sistema que finge que está ressocializando, mas não está. “Quando entram naquele portão é como se estivessem mortos. São tirados do convívio da família. Você perde o direito de ser mãe, perde a autoridade”, reiterou.

Mesmo de acordo com a necessidade do cumprimento de medidas de ressocialização, Luciana afirma que nas unidades os jovens são privados de tudo. "Quero que vocês ajudem a olhar por aquele lugar, para nunca mais acontecer algo assim. Que o socioeducativo cumpra a reabilitação do adolescente para ser reinserido na sociedade, para que de fato aprendam a viver", cobra a mãe.

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