A dupla sertaneja Héster e Helena se apresentou no saguão de entrada da Assembleia Legislativa de Goiás na tarde desta quinta-feira, 21, durante a programação de encerramento das atividades realizadas em alusão ao mês das mulheres.

Por considerarem Goiânia um forte polo de música sertaneja, as irmãs que originalmente são do Paraná, se mudaram há dois anos para a capital goianiense. Ambas consideraram certeira a escolha do local para a mudança, pois além de terem conseguido diversos contatos profissionais na cidade, realizam shows em bares e outros estabelecimentos de Goiânia e demais cidades do interior.

Com 11 anos de carreira, a dupla conta que atualmente, com a ascensão das duplas sertanejas, e a abertura desse mercado para as mulheres, não sente tanto preconceito de gênero dentro do mercado musical. “No início éramos discriminadas, quando chegávamos no bar para cantar, as pessoas logo pensavam que éramos dançarinas ou bailarinas, mas nunca imaginavam que éramos cantoras e, muito menos, que sabíamos tocar e compor. As pessoas consideravam modão como "coisa de homem”, conta Helena.

“Nós abordamos essa questão de gênero em nossas letras, sempre colocando as mulheres como pessoas de atitude e iniciativa, que não dependem das ações masculinas”, acrescenta Héster.

Mês da Mulher

Durante quatro dias, a Alego realizou ciclo de debates, exposições, estandes de serviço e apresentações musicais em homenagem ao mês das mulheres. Esse ciclo foi intitulado “Todas por Elas”, e contou com temas como o feminicídio, a saúde feminina e mulheres na política.

Os estandes de serviço, exposições e amostras consistiram em uma forma de apoio ao trabalho feminino, e contaram com diversas modalidades. Dentro dessa programação, uma das grandes atrações foi a oferta de trabalhos estéticos, como maquiagem, cabelo e massagem, a venda de roupas e acessórios, além de alimentação e serviços de personal organizer.

Chefe da Seção de Atividades Culturais e principal organizadora de todo o evento, a servidora Lousanne Paula conta que, no total, foram cerca de 18 expositores para prestação de serviço, e que está feliz com o resultado do evento. “Nosso objetivo era promover uma socialização entre as servidoras e as visitantes da Casa, elevar sua auto estima e incentivar a continuidade da luta pelo seu espaço dentro do legislativo”, conta Lousanne.

Revisora e servidora da Casa, Kamila Lopes reconheceu a importância do evento. “Acho muito importante a promoção de serviços que demonstrem a valorização da mulher. Entretanto, considero tais eventos apenas como um pontapé inicial de uma grande mudança que ainda precisa acontecer, não só aqui na Casa, mais em toda a sociedade, para maior representatividade e valorização feminina”, afirma.