Eleita para a 19ª legislatura com mais de 35 mil votos, a deputada Lêda Borges (PSDB), que integra a oposição do Governo Caiado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), participa do programa Ação Parlamentar da TV Assembleia, onde comentou sobre diversos assuntos polêmicos na Casa. Durante sua participação, a tucana ressaltou ao jornalista Murilo Santos os principais pontos de seu primeiro mandato, bem como o modelo de atuação escolhido para a 19ª Legislatura.

“No meu primeiro mandato, minha participação esteve mais voltada a contribuir com as demandas do Executivo. Prova disso é que acabei assumindo o posto de secretária na gestão do ex-governador Marconi Perillo (PSDB)”, lembrou Borges. “Dessa vez eu quis me colocar, de fato, como parlamentar. Por isso tenho atuado dentro do Legislativo com independência psicológica, afetiva, moral e principalmente parlamentar. Precisamos ter liberdade para ir contra aquilo que entendemos como prejudicial ao Estado”.

Apesar de, dessa vez, ocupar a oposição, a deputada afirma que sua postura crítica e independente antecede o momento político vivido pelo Estado. “Sempre fui muito respeitada. Sempre tive a minha maneira de pensar muito respeitada. Se eu acho que as propostas são positivas, mesmo não fazendo parte da base do governo, votarei favorável a elas”.

A deputada comentou ainda sobre a importância das comissões temáticas da Alego. Porém, criticou os parâmetros de autonomia que são atribuidos a cada uma delas: “Elas (as comissões) poderiam ter mais autonomia. A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) principalmente”. Mas não só. A parlamentar defende que haja uma mudança no Regimento Interno da Casa de forma que o Pequeno Expediente seja estendido. “Assim, durante o momento de discussão de matérias os deputados poderiam de fato, discorrer sobre as propostas sem precisar abordar outros assuntos como normalmente acontece”.  

No segundo bloco do programa, a tucana comentou sobre a eleição do atual presidente Lissauer Vieira (PSB). Posteriormente, Borges chamou a atenção para um tema pertinente: a criação da Região Metropolitana do Entorno do Distrito Federal (DF). “Os investimentos que atualmente são realizados não conseguem suprir a necessidade do Entorno. Eles ainda são insuficientes”, considerou a parlamentar que, posteriormente, argumentou sobre a Educação, Saúde e Saneamento Básico da região.

Para ela, hoje, a discussão é "se devem ou não fortalecer a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride)". Medida que o governador Ronaldo Caiado (DEM) defende. No entanto, a tucana diz ser contrária a postura do democrata. “Se o Governador ouvisse as ruas não teria esse comportamento. É uma movimentação equivocada. Queremos o reconhecimento da região metropolitana do DF. Depois, abrimos para a discussão do fundo, que não deixa de ser importante. É preciso entender que a criação de uma região metropolitana nos permitirá executar atos que hoje não nos são permitidos. Falta ouvir o cidadão”, pontuou. O programa está em exibição na grade da programação da TV Assembleia, no canal aberto (61,2), na Net (8) e no Youtube.