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Prevenindo a hipertensão

25 de Abril de 2019 às 16:00
Crédito: Foto Y. Maeda
Prevenindo a hipertensão
Dia Nacional de prevenção e combate à hipertensão
Assembleia Legislativa promoveu, nesta quinta-feira, 25, o Dia de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial Sistêmica. Especialistas fizeram palestras e servidores e visitantes aferiam a pressão durante todo o dia.

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) deu início ao Dia de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial Sistêmica na manhã desta quinta-feira, 25, no saguão da Casa de Leis. Os servidores e visitantes aferiram pressão durante todo o dia. Além disso, houve uma série de palestras com especialistas para esclarecer dúvidas dos presentes.

O objetivo do debate foi oferecer aos participantes o entendimento da importância de o tratamento ser acompanhado por profissionais de várias áreas para que, dentro de cada competência, o paciente receba as orientações necessárias.

Diretora de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho da Alego, Raquel Franco explicou que a seção caminha simultaneamente ao calendário nacional do Ministério da Saúde. “Amanhã [sexta-feira, 26] é o Dia Nacional de Combate à Hipertensão. Por isso decidimos realizar esse evento hoje aqui na Alego. A importância de tratar desse assunto é muito grande pois é uma doença que está associada ao maior número de mortes por causas naturais no mundo”, disse.

Ela ainda destacou que a atividade foi especialmente programada para contemplar a transdisciplinaridade com a qual a doença precisa ser tratada, desde o momento em que é diagnosticada. “É bandeira da seção médica da Casa o tratamento das patologias de forma multidisciplinar”, ressaltou.

A mesa-redonda contou com os seguintes profissionais: cardiologista Paulo César da Veiga Jardim, professor da Universidade Federal e Goiás (UFG), diretor da Liga de Hipertensão; Renata Pires, educadora física da Seção Especial de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmet/ Alego); Marina de Souza Pedroza, psicóloga e servidora da Alego, e Leonardo Rocha Ferreira, nutricionista, também servidor da Casa.

Debate

Durante sua fala, o médico cardiologista e professor de medicina da UFG Paulo César Brandão Veiga Jardim citou as principais formas de prevenção da hipertensão: “Alimentação saudável, atividades físicas regulares, consumo de bebidas alcoólicas de forma moderada e também a busca por uma vida menos estressante”.

Paulo César disse ainda que os fatores genéticos e o aumento da idade são agentes que podem vir a causar a patologia, mas, de acordo com ele, não é garantido que pessoas com essas pré-disposições vão se tornar hipertensas. “Não é só a hereditariedade e o avanço a idade. Todas as pessoas precisam estar atentas para seus hábitos de vida.”

O médico citou como exemplo as políticas públicas que foram implantadas em Portugal para diminuir a doença no país. “Houve um acordo entre o governo e as padarias do país. Lá as pessoas consomem muito pão e outros alimentos de padaria, portanto, o acordo era para que diminuíssem a quantidade de sódio dos alimentos vendidos. Isso trouxe uma diminuição da taxa de pessoas hipertensas de forma muito rápida em todo o país”, contou.

“Para quem já tem a doença é preciso praticar todos os métodos citados como formas de prevenção, porém, nesses casos, entramos com a indicação de medicamentos que devem ser tomados diariamente”, disse Paulo.

Em concordância com o médico, a educadora física e servidora da Alego Renata Pires da Silva salientou que a atividade física é um método indispensável para prevenir e atenuar a hipertensão. “Os exercícios feitos de forma contínua aumentam o diâmetro das artérias. Isso ajuda a vasodilatação, que ameniza e previne esse tipo de doença”, explicou.

Já o nutricionista e também servidor da Casa Leonardo Rocha Ferreira esclareceu que a nutrição está diretamente ligada a todos os métodos de prevenção de doenças. “Todo animal precisa comer para sobreviver, portanto a nutrição é indispensável. Diante disso, cuidar desse aspecto é primordial”, iniciou.

Ele explicou que a pessoa hipertensa não terá qualidade de vida se apenas tomar o remédio. “Ela precisa mudar seu estilo de vida e comer alimentos adequados e indicados pelo profissional nutricionista, além da prática de exercícios já citada.”

Porém, segundo ele, essa mudança de comportamento é o mais difícil. “Os pacientes têm dificuldade de aceitar sua situação e muitas vezes vão ao consultório, pegam a dieta prescrita e quando chegam em casa guardam na gaveta. Dessa forma, continuam com os mesmos problemas. Sair da zona de conforto é necessário, principalmente nesses casos”, destacou.

Essa mudança de mentalidade e de hábitos também deve ter o auxílio do profissional da psicologia. É o que a psicóloga Marina de Souza Pedroza explicou durante sua participação na mesa-redonda. “É um tratamento multidisciplinar que passa por muitos estágios”, esclareceu.

“Em um primeiro momento vamos trabalhar estratégias que auxiliem o paciente a aceitar a doença e viver bem com ela. Além disso, focamos muito na diminuição do estresse, que é um fator de alto risco para agravar a hipertensão ou para desenvolvê-la”, explicou a profissional.

Saiba mais sobre HSA

A Hipertensão Arterial Sistêmica tem como característica os níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Os valores aferidos das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).

Entre os principais fatores estão: sobrepeso, obesidade, histórico familiar, má alimentação, consumo exagerado de sal, colesterol elevado, sedentarismo, tabagismo, estresse e envelhecimento e, em alguns casos, o fator hereditário.

Os principais sintomas são: dor de cabeça, alterações visuais, dor na nuca, falta de ar e palpitações.

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