O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), recebeu na manhã desta segunda-feira,17, representantes do Fórum das Entidades Empresariais de Goiás. O encontro se deu no gabinete da presidência da Casa. Na pauta, uma maior aproximação entre entidades representativas e o Legislativo a favor do desenvolvimento econômico de Goiás e outros pontos importantes para o setor.

Durante encontro, o presidente pôde entender mais as dificuldades enfrentadas pelo setor por meio das demandas trazidas pelos representantes do fórum. “Na realidade, como presidente da Casa, nós precisamos entender as dificuldades de todos os setores, e o setor produtivo, através da Adial e da Fieg, veio nos trazer algumas demandas”, pontuou Lissauer.

O parlamentar salientou ainda que ficou acordado com os representantes a realização de uma agenda de reuniões a cada 90 dias, para tratar das necessidades do setor. “Dessa forma, poderemos ver as pautas necessárias. O Parlamento é importante para poder buscar o entendimento”, explicou.

Lissauer complementou a importância de apoiar o setor para melhorar as condições de Goiás. “Eu sou muito favorável a incentivar o setor produtivo, até porque é através dele que são gerados emprego, renda e divisas, e melhoras no estado em que nós vivemos”, frisou o presidente do Parlamento goiano.

O presidente apontou ainda que por meio de um levantamento recebido dos representantes é possível analisar as condições de Goiás no setor. “Me apresentaram um estudo mostrando a evolução industrial do Estado de Goiás, o PIB, os municípios que mais cresceram no aspecto industrial e também na geração de emprego e renda, e a gente sabe dessa importância”, complementou Lissauer.

CPI dos Incentivos Fiscais

O presidente da Assembleia goiana informou ainda pretender dar maior celeridade à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incentivos Fiscais, em trâmite na Casa. “Nós estamos tramitando a CPI, na qual os deputados têm toda autonomia, toda autoridade e todo o direito de poder investigar algumas questões. Mas também sabemos que precisamos ter um resultado final dessa CPI, e que seja benéfico para a população de Goiás”, salientou Lissauer. Ele reiterou: "Se tem alguma coisa errada, que quem fez errado que pague”.disse.

Para agilizar o andamento da CPI, Lissauer afirmou que vai conversar com os deputados e tentar dar uma celeridade maior nessa c omissão, para trazer um resultado para a população mais breve possível.

Mais diálogo

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, avaliou positivamente o encontro com o presidente do Legislativo: “Foi uma reunião importante. O presidente Lissauer tem sido atencioso, assim como um todo em relação às demandas do setor industrial”.

Sobre a pauta de demandas, o presidente da Fieg afirmou ter sido um encontro para compartilhar com o presidente da Casa pontos preocupantes em relação ao estado. “Nós estivemos aí junto com a Adial, com a FCDL, e outros companheiros para colocar alguns pontos que são a nossa preocupação com Goiás, com a industrialização do estado”, apontou.

Investimentos

De acordo com Mabel, o objetivo é que Goiás possa ser cada vez mais atrativo aos investimentos. “São pautas de diversos tipos, mas o foco principal é a industrialização do estado de Goiás, a atratividade dos incentivos fiscais, a manutenção da confiança no Governo. Estes são pontos que fazem com que as indústrias ou venham ou permaneçam no estado”, acentuou.

O presidente da Fieg salientou ainda que o objetivo é trocar algumas ideias junto com o presidente, e com o deputado Thiago Albernaz (Solidariedade), que como sempre, foram muito receptivos. "Eles nos deram toda atenção” explicou.

Mabel completou ainda ao citar a proposta de encontros trimestrais com o presidente da Alego. “Nós propusemos que a cada 90 dias, o Fórum Empresarial promova um almoço juntos para que possamos ter esse diálogo com ele e mais um ou dois deputados, para passarmos nossas preocupações e recebermos dele as dúvidas”, salientou.

O objetivo é estreitar o diálogo, da mesma forma que as entidades têm procurado fazer também com o governador Ronaldo Caiado (DEM). ”A gente se entendendo é a forma mais fácil de todos nós buscarmos o desenvolvimento, que é a nossa torcida, para que o estado de Goiás vá bem, que o governo vá bem, que a Assembleia vá bem, e aí certamente as indústrias irão bem também. Então essa foi a base da nossa conversa com o presidente Lissauer”, finalizou.

Também participaram da reunião o deputado Thiago Albernaz (Solidariedade), o presidente da Adial Goiás, Otávio Lage de Siqueira, o diretor executivo da entidade, Edwal Porfírio, e o presidente da Federação da Câmara de Diretores Lojistas de Goiás (FCDL-GO) Valdir Ribeiro da Silva.

Parceria Alego Ativa

Em uma segunda pauta, o presidente do Legislativo permaneceu reunido com o presidente da FCDL, Valdir Ribeiro, e o parlamentar Thiago Albernaz para tratar de dois assuntos voltados ao setor. O primeiro diz respeito a uma parceria entre o Legislativo e a entidade com o sistema SPC, produto da Federação no programa Alego Ativa, e o projeto de lei que susta a cobrança do Difal (Diferencial de Alíquota), que se refere ao recolhimento correto do ICMS.

A entidade se ofereceu para participar do Alego Ativa por meio da assinatura de um termo de cooperação. Ribeiro se disse “muito satisfeito com o encontro e a receptividade do presidente”.

Lissauer lembrou que o Legislativo está com o programa Alego Ativa percorrendo todo o estado: "E ficamos felizes quando vemos entidades querendo participar, se oferecer para participar de um programa bacana como esse”, comemorou. “A FCDL vai participar conosco, vai fazer o termo de cooperação para as próximas edições do programa”, disse o presidente da Alego.

Além disso, o parlamentar explicou que existem processos em trâmite na Casa, importantes para o setor do comércio. “Os processos são importantes e podem beneficiar ou prejudicar o setor do comércio que o FCDL representa. Por isso, estamos atentos a todos”, afirmou.

Fim do Difal

O deputado Thiago Albernaz apresentou projeto de nº 1683/19 que trata do fim do Difal, que está em debate na Casa, com o governo, com a Federação da Indústria, com o FCDL, para poder corrigir algumas injustiças que estão sendo feitas na cobrança do Difal, explica o presidente Vieira.

O chefe do Parlamento acrescentou que o Legislativo também está atento a isso. "Coloquei à disposição o Parlamento e a presidência dessa Casa, para no momento oportuno, depois de exauridos todos os diálogos, podermos colocar em votação”, pontuou Lissauer.