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Ódio, rancor e traição: o desespero de Alcides

23 de Agosto de 2010 às 10:18
Artigo do deputado Daniel Goulart (PSDB) publicado no jornal Diário da Manhã, edição de 23.08.2010.
* Daniel Goulart é líder do PSDB na Assembleia


Os últimos acontecimentos foram pródigos ao revelar o desespero do governador Alcides Rodrigues no seu último esforço na tentativa de salvar a falida campanha do candidato Vanderlan Cardoso. Na primeira investida, buscou a todo custo impedir a aprovação nas alterações do projeto que autoriza o empréstimo de R$ 3,728 bilhões para sanear a Celg.

Depois da histórica derrota na Assembleia Legislativa, veio o segundo ato, ainda mais estarrecedor: a entrevista em que procura jogar a responsabilidade pela inoperância de sua gestão no governo anterior, como se dele não tivesse participado de maneira ativa ao longo de mais de sete anos.

E é muito importante repetir, para que dúvidas jamais pairem sobre esse processo, que o relatório responsável de Daniel Messac (PSDB) tem por obetivo resolver a situação de inadimplênca da Celg e impedir que recursos a esse fim destinados fossem utilizados para campanhas dos candidatos do Governo, majoritários e proporcionais.

É inaceitável que, a quatro meses do final de uma administração, que tem como balanço zero de obras e de realizações, venha agora, no apagar das luzes, o governador Alcides Rodrigues imputar o seu fracasso à gestão do PSDB, que mudou de maneira definitiva o Estado por meio de um conjunto de projetos e de empreendimentos, que fizeram de Marconi Perillo o homem público melhor avaliado em toda a história de Goiás.

Não custa outra vez destacar que o governador somente foi eleito porque contou com o prestígio e com este alto índice de aprovação popular de Marconi, fazendo com que um vice desconhecido e apagado pudesse ascender ao posto de maior destaque no Estado, um acontecimento a té então inimaginável diante da fragilidade política de Alcides. Em outras palavras, ele “ganhou” um Governo de presente para, logo em seguida, mostrar a verdadeira face de traidor e de homem que despreza as amizades.

Como se não bastasse a traição àquele que propiciou a sua vitória nas urnas, toda a atitude governamental foi no sentido de desconstruir a imagem de Marconi, como se fosse capaz de modificar uma trajetória que possibilitou a Goiás se consolidar como uma das principais economias do País, com a atração de inúmeros investimentos que impulsionaram o processo produtivo e garantiram a geração de milhares de empregos.

A tentativa de desconstruir Marconi se mostrou infrutífera e estão ai todas as pesquisas de opinião que deixam evidente a liderança do candidato do PSDB, que tem tudo para conquistar a vitória ainda no primeiro turno. É neste contexto que Alcides procura se apegar à última tábua do que poderia ser a esperança de salvação de um Governo destroçado: o empréstimo bilionário para a Celg, uma operação que ao longo de mais de três anos se arrastou com a complacência e a falta de interesse do governador, no sentido de realmente solucionar as questões de ordem financeira da estatal. Neste contexto, não apenas o PSDB, mas deputados do PMDB, PR, PP, PTB, DEM E PTdoB e de outros partidos introduziram as modificações plausíveis no projeto original do empréstimo para a Celg, o que totalizou 35 votos que, com a vitória, impedem o uso indevido de recursos públicos, na medida em que seria irresponsabilidade destinar R$ 750 milhões livres para o caixa do Governo durante as eleições, o que certamente terminaria por beneficiar o candidato oficial e por ferir a legitimidade do processo democrático.

Ao verificar que sua última esperança tinha sido sepultada, o governador Alcides Rodrigues revelou a sua verdadeira face: o rancor e o ódio gratuitos, uma espécie de fixação contra aquele sempre o amparou, demonstrando um comportamento de descontrole que dificilmente encontraria explicações no contexto psicológico.

E porque Alcides age dessa forma? Por que está diante da derrota que caminha para se traduzir como um das mais acachapantes da história do Estado. Sem os volumosos recursos para a Celg, até mesmo a proposta central de seu candidato na área social está sendo reavaliada. Isso claramente comprova a profunda ligação entre o empréstimo e a estratégia eleitoral do governador.

Todos estes episódios mais uma vez despertam na opinião pública o que tem sido uma rotina nas andanças de Marconi pelo Estado afora: a solidariedade do povo goiano, que já manifestou a decisão de conduzi-lo de volta ao Governo do Estado para comandar mais um período de grandes realizações.

 


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