Menos estrelas, mais resultados
* Thiago Peixoto é economista, deputado estadual, deputado federal eleito (PMDB) e integra a comitiva brasileira na COP-16.
"Mesmo com todas as evidências científicas e com todo o mundo esperando por isso, vocês vão adiar esse acordo e colocar em risco o meu futuro e o dos meus colegas?" A frase de uma criança dinamarquesa deixou em silêncio autoridades estrangeiras que visitavam uma escola durante a COP-15. À época, mais de uma centena de líderes mundiais se reunira para discutir a crise climática global em Copenhague e, até então, acordos e tratados não haviam sido firmados.
A frase ecoa e serve de estímulo para que participantes da Conferência Mundial do Clima que ocorre agora em Cancún, a COP-16, intensifiquem esforços em prol de um acordo mais consistente - em metas e compromissos legais - e renovem nossa esperança em um futuro sustentável.
Sempre é bom lembrar que após os chefes de grandes nações anunciarem na COP-15 que o que era realmente relevante ficaria "para o próximo ano", boa parte dos países não cessou a emissão de gases agravantes do efeito estufa.
O "próximo ano" chegou e Lula avisa que não vai à COP-16. Barack Obama, Angela Merkel e outros, idem. Os interessados não vão; enviam representantes. Talvez seja melhor assim. A ausência das estrelas políticas e egos ofuscantes pode representar espaço para que brilhe o que verdadeiramente importa: um acordo real.
Nagoya, no Japão, serve como exemplo: a ampla reunião realizada em outubro para tratar da proteção de ecossistemas ameaçados e da biodiversidade em geral não contou com a presença ostensiva de celebridades e foi tomada de muito otimismo do começo ao fim. Encerrou-se - consenso geral - com sucesso: foi assinado um protocolo que não agradou a todos, mas que era mais do que necessário.
É preciso, na COP-16, tratar de projetos que deem resultados práticos, concretos, e sejam implantados em caráter emergencial. Podemos fazer como na COP-15: trazer a discussão para âmbito local, numa espécie de adaptação à realidade goiana. Os EUA, China e União Europeia fazem concessões daqui, os países emergentes concessões de lá... Tudo pelo bem do Planeta.
Incentivar o mercado internacional de carbono e regulamentar um fundo de financiamento - a aposta é que este fundo seja o norteador de grande parte dos debates - para que os países se adaptem e consigam reduzir a emissão de CO2 são algumas das medidas tidas como essenciais para conter o aquecimento global e uma série de desastres consequentes. Um pacto com vistas a um horizonte de preservação ambiental e sustentabilidade.
"Mesmo com todas as evidências científicas e com todo o mundo esperando por isso, vocês vão adiar esse acordo e colocar em risco o meu futuro e o dos meus colegas?" A frase de uma criança dinamarquesa deixou em silêncio autoridades estrangeiras que visitavam uma escola durante a COP-15. À época, mais de uma centena de líderes mundiais se reunira para discutir a crise climática global em Copenhague e, até então, acordos e tratados não haviam sido firmados.
A frase ecoa e serve de estímulo para que participantes da Conferência Mundial do Clima que ocorre agora em Cancún, a COP-16, intensifiquem esforços em prol de um acordo mais consistente - em metas e compromissos legais - e renovem nossa esperança em um futuro sustentável.
Sempre é bom lembrar que após os chefes de grandes nações anunciarem na COP-15 que o que era realmente relevante ficaria "para o próximo ano", boa parte dos países não cessou a emissão de gases agravantes do efeito estufa.
O "próximo ano" chegou e Lula avisa que não vai à COP-16. Barack Obama, Angela Merkel e outros, idem. Os interessados não vão; enviam representantes. Talvez seja melhor assim. A ausência das estrelas políticas e egos ofuscantes pode representar espaço para que brilhe o que verdadeiramente importa: um acordo real.
Nagoya, no Japão, serve como exemplo: a ampla reunião realizada em outubro para tratar da proteção de ecossistemas ameaçados e da biodiversidade em geral não contou com a presença ostensiva de celebridades e foi tomada de muito otimismo do começo ao fim. Encerrou-se - consenso geral - com sucesso: foi assinado um protocolo que não agradou a todos, mas que era mais do que necessário.
É preciso, na COP-16, tratar de projetos que deem resultados práticos, concretos, e sejam implantados em caráter emergencial. Podemos fazer como na COP-15: trazer a discussão para âmbito local, numa espécie de adaptação à realidade goiana. Os EUA, China e União Europeia fazem concessões daqui, os países emergentes concessões de lá... Tudo pelo bem do Planeta.
Incentivar o mercado internacional de carbono e regulamentar um fundo de financiamento - a aposta é que este fundo seja o norteador de grande parte dos debates - para que os países se adaptem e consigam reduzir a emissão de CO2 são algumas das medidas tidas como essenciais para conter o aquecimento global e uma série de desastres consequentes. Um pacto com vistas a um horizonte de preservação ambiental e sustentabilidade.