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Pirenópolis: Festa do Divino vira patrimônio da cultura brasileira

23 de Abril de 2010 às 10:15
Artigo do deputado Iso Moreira (PSDB) publicado no jornal Diário da Manhã, edição de 20.04.2010.
* Iso Moreira é empresário rural  e urbano, e deputado estadual pelo PSDB


Todos nós estamos felizes: a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, que se realiza no mês de maio desde 1819, se tornou a segunda celebração religiosa a ganhar título de patrimônio cultural imaterial brasileiro. A concessão foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que se reuniu no Rio de Janeiro.

Durante as Cavalhadas deste ano – de 23 a 25 de maio – a população e os turistas que participam dos festejos da Festa do Divino Espírito Santo, em Pirenópolis, deverão receber a oficialização do título de patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Luiz Fernando de Almeida.


Antes, apenas o Círio de Nazaré, a procissão que reúne 2 milhões de fiéis no Pará, tinha conseguido o título e entrado para o almejado Livro das Celebrações, um registro que vem desde 1936. Além de ser a segunda do país a ter o título, a Festa do Divino de Pirenópolis é a primeira no Centro-Oeste a entrar no livro porque a primeira manifestação regional imaterial titulada é de outra categoria – a viola de cocho, registrada como patrimônio cultural imaterial pelo modo como é feita.


Quero, nesta oportunidade, cumprimentar o prefeito Nilvado Melo, vereadores, empresários, religiosos, servidores e a população católica por este justo e oportuno reconhecimento, uma festa que também tem forte apelo turístico em Goiás. Estendo os cumprimentos a Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan e a Salma Saddi, superintendente do Iphan local.


O relatório do dossiê da Festa do Divino foi apresentado pelo professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) Ulpiano Bezerra de Menezes, doutor em arqueologia clássica pela Universidade de Sorbonne (França).


A Festa do Divino vem de épocas remotas. Instituída em Portugal pela rainha Isabel, foi trazida ao Brasil pelos jesuítas, que por meio dela conseguiram atrair negros e índios para o catolicismo. Foi assimilando os costumes do povo brasileiro e incrementando-se com vários folguedos profanos. Em Pirenópolis, foi introduzida na segunda metade do século XVIII, tendo documentada sua realização somente a partir de 1819. É a festa de maior importância que se realiza na cidade.


Pirenópolis foi tombada como conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico pelo Iphan em 1989. Possui um Centro Histórico com casarões e igrejas do século 18, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário (1728-1732), a Igreja de Nossa Senhora do Carmo (1750-1754) e a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim (1750-1754). Outros prédios significativos arquitetonicamente são o Teatro de Pirenópolis, de estilo híbrido entre o colonial e neoclássico, de 1899,  o Cine-Pireneus, em estilo art decó, de 1919 e a Casa de Câmara e Cadeia construído em 1919 como réplica idêntica do original de 1733. 

 


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