Ícone alego digital Ícone alego digital

Notícias dos Gabinetes
Humberto Aidar quer que contratos sobre benefícios tributários sejam divulgados no portal da Transparência do Estado

13 de Setembro de 2019 às 11:28

Tramita na Assembleia Legislativa o projeto de lei n° 4958/19 que dispõe sobre a lisura nos termos de adesão ao regime especial de benefícios e incentivos fiscais. Na prática, a proposta do deputado Humberto Aidar (MDB) altera a lei nº 11.651, de 26 de dezembro de 1991. A norma versa sobre o Termo de Acordo de Regime Especial (Tare) e tem o objetivo de gerar mais rigor e transparência nos processos de concessão e utilização de incentivos.  

Segundo Humberto Aidar, o projeto atende ao interesse do cidadão porque o dinheiro do estado é oriundo do contribuinte, que é utilizado para viabilizar o crescimento de grupos econômicos sem que estes gerem contrapartida. “As pessoas precisam ter acesso aos valores que empresas estão recebendo de benefícios fiscais em Goiás”, reforça. 

A propositura estabelece, entre outras normas, que o termo de adesão deve ser divulgado no Portal da Transparência de Goiás. contendo a “íntegra de cada TARE formalizado e dos respectivos relatórios de fiscalização e outros documentos oficiais emitidos pelo órgão competente que atestem o cumprimento das contrapartidas exigidas”, diz a redação de parte do texto. 

“Quem contrata com o Estado tem que abrir as portas. O dinheiro é do povo. Não tem motivo de ficar às escondidas. Nem todos os grupos que cresceram ao longo desses anos foi só trabalho e talento. Teve o dinheiro do povo. Outros pequenos e médios fecham as portas porque não tem benefício”, declara. 

Outras regras 

Se aprovada, a concessão do benefício às pessoas jurídicas terá condições mais criteriosas, a começar pela regulamentação do Poder Executivo. Também serão necessários estudos de viabilidade econômica e financeira, criação de conta única vinculada ao Fundo de Reserva e em caso de descumprimento o Tribunal de Justiça (TJ) estará autorizado a bloquear valores necessários à restituição ou via depósito judicial. 

A propositura traz como justificativa a concessão de benefícios fiscais com contrapartida efetiva, alcance de metas sociais e econômicas bem definidas, sob pena de comprovação anual por parte da administração tributária, tendo como objetivo converter a renúncia tributária em desenvolvimento regional. 

Apresentado em meados de agosto, o projeto atualmente se encontra na Comissão de Constituição, Justiça e Redação com o relator do processo. A expectativa é de que o relatório seja entregue nos próximos dias para seguir para votação em Plenário e passar pela primeira fase de apreciação do Parlamento.

Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.