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Frei Valdair sugere criação do Dia Estadual de Defesa da Vida
O caminho para a imediata legalização do aborto no Brasil poderá ser escancarado a partir da próxima quarta-feira. Isto se os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal julgarem que são “constitucionais” as pesquisas com embriões no País. O lobby abortista transnacional trabalha nos bastidores para que se repita, por aqui, o mesmo que aconteceu nos EUA em 1973, quando a Suprema Corte acabou legalizando inteiramente o aborto, no julgamento do caso ROE X WADE. A Ação Direta de Inconstitucionalidade número 3510 foi ajuizada pelo Ministério Público Federal contra o artigo 5ª da Lei de Biossegurança, que permite a destruição de embriões humanos para fins de pesquisa ou terapia. O relator da Adin, Carlos Ayres Brito, já emitiu seu voto “favorável”. Os demais ministros podem segui-lo. Até agora, o único ministro que já se manifestou publicamente pela inconstitucionalidade foi Carlos Alberto Direito. O voto dos demais é uma caixa-preta. O deputado estadual do PTB goiano, Frei Valdair, apresentou um Projeto de Lei que tramita naquela Casa, propondo a criação do Dia Estadual de Defesa da Vida.O Projeto objetiva defender a beleza, a dignidade, inviolabilidade e sacralidade da vida humana ameaçadas, segundo o parlamentar, pela chamada “cultura da morte”. O novo ser humano envia mensagens ao organismo da mãe, preparando-o para recebê-lo no útero e dar continuidade à gravidez, processo este de desenvolvimento contínuo, coordenado e progressivo. Todas as células maternas participam do processamento da gravidez. Assim sendo, provocar voluntariamente o aborto é matar cruelmente um ser humano, ainda no ventre materno. Além disso, o feto é um ser distinto da mãe de – ambos têm o direito à vida. Frei Valdair entende que o “direito ao aborto” é um falso direito da mulher, além de se tornar um ato de agressão a ela mesma, pois pode aumentar a incidência de câncer de mama, além de depressão e tendência ao suicídio.Ainda segundo o deputado, todo ser humano é imagem de Deus; é único; amado por Deus; tem sempre valor inestimável; é destinado à vida eterna, desta forma “O aborto é um crime abominável, uma vergonha para a humanidade”, completa o deputado franciscano. A escolha do Dia Estadual de Defesa da Vida, 28 de fevereiro, é a forma pela qual a Assembléia Legislativa de Goiás homenagear o dia de Santa Gianna Beretta Molla- médica, esposa e mãe. Quando grávida, viu-se doente e não hesitou: “Entre aminha vida e a do meu filho, salvem a criança!”, finaliza. O Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, Presidente do Pró-Vida de Anápolis, adverte: “O que está em jogo no julgamento do STF não são as pesquisas com células-tronco, que não precisam molestar os embriões humanos. O que está em jogo verdadeiramente é o valor da vida humana. Os Ministros decidirão se um membro da espécie humana só tem direitos após uma determinada idade (por exemplo, 14 dias), após um determinado acontecimento (por exemplo, a implantação no útero ou o nascimento) ou após adquirir um determinado tamanho (como a estatura daqueles que hoje ocupam os tribunais)”. O clérigo lembra que os beneficiários diretos de uma decisão favorável à morte dos embriões serão os abortistas. “De fato, se o Supremo decidir que os embriões humanos não são sujeitos de direitos, as portas estarão abertas para a liberação do aborto durante dos nove meses de gestação. A opinião pública, em sua grande maioria contrária ao aborto, está sendo manipulada pelos abortistas que se dizem defensores das pesquisas e da ciência. Como sempre, a desinformação é a grande arma dos autores da cultura da morte”. O deputado Frei Valdair recorda que em novembro do ano passado, alguns veículos da grande mídia já revelavam quem estaria por trás do suposto “aborto seguro e legal” no Brasil: “Os ingleses vão, literalmente, investir na campanha internacional para a aprovação do aborto em países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil. O governo britânico promete subvencionar com 10 milhões de libras (146 milhões de Euros) o Fundo de População das Nações Unidas contra “gravidez indesejada”. Por trás dos pretextos de proteger a saúde e do direito de liberdade de escolha da mulher, esconde-se o lucrativo negócio do incentivo ao aborto em países miseráveis e ignorantes, para que uma ONG inglesa e seus parceiros locais faturem alto com as cirurgias e com a coleta de material para futuras pesquisas com células tronco. “A subvenção inglesa não vem de graça. A grande interessada no lucrativo negócio abortista é a ONG britânica International Planned Parenthood Federation. A IPPF é a primeira e principal entidade promotora do aborto no mundo. Na década de 70, liderou o grande lobby político que levou os legisladores dos Estados Unidos da América a flexibilizarem a permissão legal para o aborto, em 1973. A IPPF administra clínicas abortistas legalizadas. O Brasil é considerado um “importante mercado” para a ONG inglesa. No País, embora a legislação proíba, ocorrem mais de 1 milhão de abortos induzidos por ano, praticados por mulheres de 15 a 49 anos”. Numerosos trabalhos e artigos científicos de primeira linha mostram claramente que, no mundo desenvolvido, é amplamente sabido que os embriões congelados são tão viáveis quanto os embriões frescos. Quando implantados no útero materno, produzem a vida, sem qualquer diferença, não importando o número de anos durante os quais foram criopreservados. O problema é que, no Brasil, o assunto é inteiramente oculto da opinião pública, e a impressa dá tímido ou nenhum destaque a estas notícias. Os cientistas pró-aborto defendem a pesquisa com embriões. Alguns, mais ousados, pregam inclusive a clonagem. A decisão do STF pode abrir caminho para as duas coisas.