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Notícias dos Gabinetes
Frei Valdair presta homenagem aos taquígrafos da Assembléia

06 de Maio de 2008 às 13:19

 

Taquígrafos de todo o país comemoram hoje o dia que lhes foi consagrado desde 1823, quando pela primeira vez a profissão foi exercida para fins parlamentares. São eles os responsáveis pela anotação exata de tudo que é proferido durante uma palestra ou uma sessão solene em órgãos públicos, o que mais tarde é transformado em importantes documentos. Eles podem até passarem despercebidos pela grande maioria das pessoas que acompanham uma Sessão, aqui no Plenário ou em casa pela TV, mas certamente a sua presença é inquestionável e insusbstituível na realização de nossos trabalhos.  Os hebreus atribuem ao seu povo a invenção da taquigrafia, alegando que citações feitas por Davi, no Salmo 44, fazem menção à pena de um escritor veloz.  Mas os gregos também querem a primazia da invenção. O filósofo e general ateniense Xenofonte, 300 a.C., usava um sistema de escrita abreviada. E o poeta romano Quitus Ennius, em 200 a.C, compôs as “Mil e Cem Notas Vulgares”, que constituem um conjunto de abreviaturas. Já Marcus Tullius Tiron, escravo libertado e secretário de Cícero, 70 a.C., criou as “Notas Tironianas”, provavelmente adaptadas de um sistema taquigráfico grego e usou-as no parlamento romano. Muito se questiona da utilidade da taquigrafia nos dias de hoje, pois há o gravador, voice, a informática propriamente dita. O taquígrafo pode trabalhar nas condições mais adversas, desde não ter uma mesa para a execução do trabalho, falas simultâneas, como em debates, reuniões ou sessões em geral, onde ele procura fazer o registro do que é pronunciado. Para gravar tudo que um orador fala eles necessitam apenas de um papel e uma caneta. Quem é da área garante que a técnica nunca deixará de ser algo inovador, apesar da sofrida desvalorização do mercado. Isso porque essa é a única forma de escrita manual com a qual se consegue acompanhar o pensamento. Os rabiscos e sinais são ininteligíveis para a grande maioria. Mas ao final de cada sessão, tudo que ali se passou fica registrado para história, não só da Casa, mas do próprio Estado. Parabéns Taquígrafos!

 

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