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Defensor do Cerrado, deputado Antônio Gomide luta pela diminuição do desmatamento em Goiás
O deputado estadual Antônio Gomide (PT) cobrou ações do Governo estadual para conter o desmatamento do Cerrado em Goiás durante audiência pública realizada na manhã desta terça-feira, 30, na Assembleia Legislativa. O parlamentar salientou que é preciso que haja políticas públicas para conter a devastação, que aumentou nos últimos anos no estado.
Antônio Gomide salientou que os dados da Universidade Federal de Goiás (UFG) mostram que, embora haja 35% do Cerrado ainda preservado em Goiás, há fragmentação da vegetação, não se conseguindo assim sustentar a fauna, flora e as bacias hidrográficas.
Assim, o deputado avalia que é preciso que haja discussões para que sejam feitas leis que melhorem as ações contra o desmatamento do Cerrado. Para isso, é necessária vontade política do Governo. Os dados apontam que houve uma média de 30 mil hectares desmatados em Goiás nos últimos 5 anos.
“Estamos aqui para discutir o meio ambiente. Precisamos fazer um planejamento e ver qual o direcionamento que o Governo estadual vai dar. Nós, na Assembleia, queremos fazer leis que fortaleçam a economia sustentável. Fico muito preocupado que houve aumento do desmatamento, dos quais 2/3 não houve fiscalização, segundo o jornal O Popular. A própria secretária de Meio Ambiente mostrou que temos apenas 12 fiscais. Vemos, isso é ação de Governo. Precisamos mudar esse comportamento”, disse Antônio Gomide.
Audiência pública
A audiência pública para debater “Políticas públicas e diretrizes para o combate ao desmatamento em Goiás” foi realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Alego, presidida pela deputada Rosângela Rezende (Agir).
O evento contou com a presença da secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis; da coordenadora do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da UFG, Elaine Silva, além de estudiosos, ambientalistas e público geral.
A secretária mostrou dados que apontam que houve desmatamento ilegal de cerca de 33 mil hectares de Cerrado em 2019, em 2020 foram 23 mil hectares e em 2021 foram 31 mil hectares. Além disso, disse que houve aumento no rigor da fiscalização.
Já Eliane Silva destacou que a fragmentação das áreas de vegetação remanescente do Cerrado é preocupante por comprometer a biodiversidade e a questão hídrica.
“São necessárias políticas públicas e ações concretas para frear o desmatamento, considerando a fragilidade das áreas já convertidas e a necessidade de equilíbrio entre o agronegócio e a preservação ambiental”, disse a pesquisadora.