A força do agronegócio goiano ganhou destaque na mídia nacional. O deputado Paulo Cezar Martins (PL), que também é um pequeno produtor rural, comemora a matéria publicada no jornal 'Folha de São Paulo' sobre o desenvolvimento de cidades goianas nos últimos 40 anos, impulsionado pelo agronegócio. "Mesmo sem o efetivo apoio do governo estadual, o agronegócio goiano dá exemplo de excelência e competitividade", afirma Paulo.

O deputado prevê, conforme ressalta a matéria da Folha, um novo salto de crescimento após a inauguração da ferrovia Norte-Sul, mas há problemas logísticos, como as más condições da BR-452, entre Rio Verde e Itumbiara.

 

A Folha narrou a história de Rio Verde. "Uma das mais ricas cidades do agronegócio no País estava muito longe de ostentar esse título no final dos anos 1970. Na época, um município com menos de 75 mil habitantes, não conseguia agregar valor com o agronegócio, que nem tinha esse nome, só era praticado em terras boas e, em muitos casos, consistia apenas numa atividade de subsistência".

O jornal destaca, ainda, o surgimento de uma das maiores cooperativas de produtores do País: a Comigo, que surgiu nos anos 80, com apenas 50 produtores, e que hoje tem 11 mil cooperados, 3.500 funcionários, unidades em 17 cidades e faturou, em 2022, R$ 15,6 bilhões, numa cidade que já tem 225.696 habitantes. Do total de cooperados, 70% são pequenos produtores, com áreas que não chegam a cinco alqueires (34 campos de futebol).

Ressalta a Folha que, desde então, os produtores rurais passaram de uma colheita que mal chegava a 30 sacas (60 kg cada) por hectare na época, para as atuais 80. Do arroz e milho cultivados na região, além da criação de gado, rapidamente a soja se espalhou, graças também a pessoas que chegaram do Sul, de Minas Gerais e de São Paulo, com mochila nas costas e um trator velho, como relataram à Folha antigos moradores.

Não foi só Rio Verde a beneficiada pelo boom. Entre as cem cidades mais ricas do agronegócio no País, dez são goianas. Além de Rio Verde, figuram outras do Sudoeste de Goiás, como Jataí, Chapadão do Céu, Mineiros e Montividiu, mas também localidades como Santa Helena de Goiás se beneficiam com armazéns e estrutura logística para o agro. Da indústria de óleo pioneira, hoje elas já ultrapassam uma dezena.

Paulo Cezar Martins destaca que o PIB (Produto Interno Bruto) de Goiás cresceu 188% entre 1986 e 2023, de acordo com cálculos da MB Associados, acima dos 108,7% de crescimento da média brasileira. "Infelizmente, esse agro que só nos traz boas notícias está sendo penalizado com uma taxação injusta desde o ano passado", lamenta o deputado.