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Paulo Cezar alerta para a crise enfrentada pelos catadores de materiais recicláveis
O deputado Paulo Cezar Martins (PL) alerta para as dificuldades que estão enfrentando os catadores de materiais recicláveis. O mercado de recicláveis passa por um momento de incertezas, com queda vertiginosa no preço dos materiais.
Segundo Paulo Cezar, os chamados “carinheiros” praticamente desapareceram das ruas de Goiânia. O problema é que a renda da categoria em todo o Brasil vem baixando constantemente ao longo dos meses afetando as famílias, que caminham para um quadro de insegurança alimentar.
“Muitas cooperativas de reciclagem estão fechando as portas”, lamenta o parlamentar, enfatizando que os empreendimentos que atuam no ramo estão endividados e os cooperados estão abandonando a atividade. Nas ruas e nos lixões a situação não é diferente. Cada dia é mais difícil conseguir o suficiente para a sobrevivência.
Segundo Paulo Cezar, o papelão, principal material historicamente comercializado por carroceiros em Goiânia, hoje é facilmente encontrado nas esquinas ou entupindo bueiros. Esse material, que chegou a ser comercializado por R$ 1,70 o quilo no período de pandemia, hoje vale apenas R$ 0,15.
Para complicar ainda mais a situação, outros materiais também tiveram desvalorização parecida, pois o Brasil começou a isentar impostos na importação de materiais recicláveis vindos de outros países durante o governo anterior. Com isso, ressalta Paulo Cezar, a categoria perdeu espaço e a indústria tem optado por importar matéria prima virgem mais barata, sem impostos, ou materiais descartados de outros países.
Dados oficiais mostram que, entre 2019 e 2022, as compras externas de resíduos de papel e vidro subiram respectivamente 109,4% e 73,3%, ao passo que as operações de importação no País de resíduos plásticos apresentaram elevação de 7,2%.
“Os catadores de materiais recicláveis desempenham um papel fundamental para a sustentabilidade ambiental”, afirma Paulo Cezar, ressaltando que é dever do Estado criar políticas públicas que fortaleçam a cadeia produtiva, ao mesmo tempo que promovam a inclusão social, gerando riqueza para o País.