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Paulo Cezar propõe que rede pública de Saúde disponibilize vacina contra a dengue
Como forma de resolver um dos graves problemas de saúde pública que tem atingido a população nos últimos anos, o deputado Paulo Cezar Martins (PL) apresentou projeto de lei que assegura a disponibilização gratuita e permanente da vacina contra a dengue, em todas as unidades da rede estadual de saúde. O projeto foi apresentado na abertura da sessão ordinária da Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira, 19.
A mais nova versão da vacina contra a dengue já está disponível na rede privada de saúde e foi autorizada pela Anvisa em março deste ano. A indicação é para pessoas entre 4 e 60 anos. Por enquanto, a vacina está disponível apenas em clínicas particulares e terá um custo estimado entre R$ 350 e 500 cada dose.
Paulo Cezar argumenta que a vacinação é o caminho mais seguro para evitar a propagação de muitas doenças, especialmente aquelas provocadas por vírus. No caso da dengue, a doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que encontrou no Brasil um ambiente ideal para sua disseminação.
“O Brasil gasta anualmente uma montanha de dinheiro com internações provocadas pela dengue. Se há uma vacina promissora, o poder público tem o dever de proteger a população”, reforça Paulo, assinalando que de janeiro a junho deste ano, o Ministério da Saúde registrou 709 mortes por dengue no país.
Pelo projeto, caberá à Secretaria de Estado da Saúde a definição do plano de imunização, seguindo diretrizes do Ministério da Saúde.
Só neste ano de 2023, Goiás registrou 521 casos graves e 21 mortes por dengue, conforme dados da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO). A pasta ainda investiga 27 óbitos suspeitos da doença. Goiânia e Caldas Novas lideram os casos de mortes registradas. Os casos mais graves, de dengue hemorrágica, exigem cuidados especiais e internações mais demoradas.
Até o momento, os casos confirmados da doença provocada pelo aedes aegypti em Goiás chegam aos 51.794. “A vacinação reforça a saúde preventiva e evita gastos do Poder Público com internações dispendiosas”, arremata Paulo Cezar.