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Lineu Olimpio celebra terceira edição da Festa do Pequi em Goiás
Nesta quinta-feira, 19, as Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa Goiás) se transformaram em um verdadeiro festival de sabor e tradição com a realização da 3a. edição da Festa do Pequi. Esse evento, que já se consolidou como uma tradição no Estado, tem como objetivo celebrar o posto de destaque que o entreposto de Goiânia mantém como o maior receptor e vendedor de pequi no Brasil.
A Festa do Pequi teve origem durante o período em que o deputado estadual Lineu Olimpio (MDB) ocupava a presidência da Ceasa. Ela não é apenas uma celebração da cultura e gastronomia goiana, mas também um exemplo inspirador de parcerias bem-sucedidas entre governantes e a comunidade local.
A celebração contou com a presença do prefeito de Jaraguá, Paulo Vitor; do deputado estadual Renato de Castro; do presidente da Ceasa, Manoel de Castro; e do ex-presidente da Ceasa e assessor da governadoria, Jadir Lopes.
O deputado Lineu Olimpio ressaltou: "Para todos nós, goianos, o pequi vai além de ser um simples fruto típico da região. É uma parte essencial de nossa identidade gastronômica. Portanto, é com orgulho que enaltecemos e celebramos essa riqueza culinária que nos conecta com nossa terra e nossas tradições".
O Pequi na Ceasa/GO
A presença marcante do pequi é tão significativa que, durante a temporada do fruto, a quantidade de resíduos produzidos na Ceasa praticamente dobra, devido as cascas descartadas.
Vale ressaltar que a quantidade de pequi vendido na Ceasa é muito superior ao que é naturalmente extraído no Estado. Os primeiros carregamentos de pequi começam a chegar em setembro, com remessas vindas do Tocantins. O período entre setembro e meados de outubro é mantido com a oferta do pequi tocantinense. Em seguida, as primeiras cargas da produção goiana, originárias do Norte, de cidades como Porangatu, Crixás e Santa Tereza, começam a chegar. O pequi de Mato Grosso, com menos representatividade, costuma aparecer no mercado por volta de meados de novembro. Já o pequi mineiro, que chega em maior volume, pode ser encontrado na Ceasa a partir de dezembro e mantém a demanda até janeiro.
De acordo com um levantamento realizado pela Divisão Técnica da Ceasa/GO, desde 2018 o maior volume de pequi que chega à Ceasa goiana é proveniente da extração feita em Goiás, atingindo 7.896 toneladas na safra 2022/2023. Na safra atual de 2023/2024, já ingressaram na empresa 3.836 toneladas, o que sugere que esse será um dos anos mais prolíficos para o fruto. Na temporada passada, dos percentuais de pequi que entraram na Ceasa/GO, 47% foram extraídos em Goiás, 44% em Minas Gerais, 7,37% no Tocantins e 1% em Mato Grosso.
Os conhecedores do pequi conseguem identificar os diferentes tipos de frutos de acordo com a região de origem. Alguns são menores e mais suculentos, como o pequi coletado na região da cidade de Goiás, enquanto outros são conhecidos como o "filé mignon dos pequis", como o proveniente da região de São Miguel do Araguaia, sendo maior, mais amarelo e rico em polpa. No entanto, um dos pequis que tem chamado a atenção nas festas anteriores é o pequi do Xingu, devido ao seu tamanho impressionante, podendo chegar a ser do tamanho de um abacate com casca, e com um caroço do tamanho de uma laranja pequena.
O pequi do Xingu, assim como as demais espécies, inclusive o pequi sem espinhos, são desenvolvidos pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), os quais, apesar de ainda não estarem sendo comercializados, têm atraído muita atenção e criado expectativa nos apreciadores.