Em um discurso enfático no Pequeno Expediente desta quarta-feira, 29, o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos) expressou forte oposição ao projeto de aumentar a alíquota do ICMS de 17% para 19% em Goiás. Ele argumentou que a proposta segue "no caminho equivocado" e criticou a Assembleia Legislativa de Goiás por considerar o projeto sem uma análise aprofundada.

"O projeto que chega aqui, na Assembleia Legislativa de Goiás, onera a população, aumentando a alíquota de ICMS de 17% para 19%. O que o povo pensa disso? Eu sou funcionário do povo. Esta Casa representa o povo", declarou Clécio Alves. Ele questionou a viabilidade da proposta, comparando com a decisão de estados como Mato Grosso e Santa Catarina, que escolheram não adotar medidas semelhantes.

Alves criticou a criação de novas taxas, mencionando a "taxa do agro", que "contrariou o mundo inteiro" e já arrecada milhões. Ele ressaltou a importância de ouvir a sociedade: "Essa audiência pública é para ouvir o meu patrão, a minha patroa, que paga o meu salário, e a todos que aqui estão, o que pensa a sociedade organizada, o que pensa a indústria, o comércio, o trabalhador".

O deputado também expressou preocupação com o impacto do aumento na vida cotidiana, especialmente sobre itens essenciais, como "o feijão e o arroz". Enfatizando seu compromisso com o eleitorado, Alves disse: "Eu entendo que eu não posso absolutamente aumentar essa taxa".

Finalmente, Alves advertiu sobre as consequências políticas do aumento do ICMS, especialmente para deputados que aspiram a cargos executivos municipais. "Amanhã o povo vai lembrar quem aumentou a taxa do ICMS", alertou, demonstrando sua firme oposição ao projeto.