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Cristiano Galindo apresenta projeto de lei para criação de salas sensoriais em Goiás
O deputado estadual Cristiano Galindo (Solidariedade) apresentou um projeto na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) que visa instituir a instalação de salas sensoriais em estabelecimentos públicos e privados destinados a grande público. A proposta é uma iniciativa voltada à inclusão e ao acolhimento de pessoas com alterações sensoriais, como aquelas do espectro do autismo e com transtornos de processamento sensorial.
As salas sensoriais são ambientes especialmente projetados para oferecer estímulos controlados, destinados a acalmar e reduzir a sobrecarga sensorial de pessoas que enfrentam dificuldades em processar estímulos. Esses espaços incluem luzes suaves, isolamento acústico e equipamentos como colchonetes e dispositivos de controle de som, adaptados às necessidades dos usuários.
De acordo com o projeto, as salas sensoriais serão obrigatórias em locais de grande circulação de pessoas, como:
- Hospitais e unidades de saúde;
- Escolas e centros educacionais estaduais;
- Repartições públicas estaduais, incluindo unidades do Detran;
- Estabelecimentos privados, como shoppings, teatros, estádios de futebol, aeroportos e museus.
Segundo Cristiano Galindo, o projeto busca garantir um ambiente mais acolhedor para pessoas que enfrentam desafios sensoriais, possibilitando maior inclusão social. "Nossa intenção é proporcionar dignidade e acolhimento, permitindo que todos os cidadãos possam acessar serviços e espaços públicos sem limitações ou desconfortos", destacou o parlamentar.
Além da instalação das salas, o projeto prevê o treinamento de servidores públicos e colaboradores de estabelecimentos privados para oferecer um atendimento adequado às necessidades dos usuários. O Estado também promoverá campanhas de conscientização sobre a importância da inclusão sensorial e o uso desses espaços.
Caso aprovado, os órgãos públicos e estabelecimentos terão 12 meses para adaptar suas instalações e implementar as salas sensoriais. A fiscalização será realizada por secretarias estaduais e outros órgãos competentes.
O deputado enfatizou que o projeto reflete seu compromisso com a inclusão social e o respeito às diferenças. "A acessibilidade não é apenas uma questão física, mas também sensorial. Este projeto é um passo significativo para garantir os direitos fundamentais à saúde, educação e bem-estar de todos os cidadãos goianos", afirmou.
Agora, o projeto segue para discussão e votação na Alego, com expectativa de aprovação em primeira e segunda etapas, antes de ser encaminhado à Governadoria para sanção.