Com o objetivo de ampliar a conscientização e combater o estigma em torno dos transtornos mentais, o deputado estadual Cristiano Galindo (Solidariedade) apresentou, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), um projeto de lei que determina que veículos de comunicação de órgãos públicos divulguem informações sobre saúde mental em suas plataformas digitais, emissoras de rádio e televisão.

O texto estabelece que as mídias públicas devem veicular conteúdos que esclareçam a população sobre cuidados preventivos e sinais de alerta, além de disponibilizar listas de serviços especializados e contatos de apoio.

A proposta abrange todos os veículos de comunicação dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, incluindo autarquias e fundações, assim como redes sociais oficiais. Entre as diretrizes, os órgãos deverão divulgar:

• Serviços de saúde mental disponíveis, com contatos atualizados.
• Sinais de alerta para comportamento suicida.
• Informações sobre a relação entre depressão e comportamento suicida, reforçando que a depressão é tratável.
• Grupos de apoio a familiares e amigos de vítimas do suicídio, quando disponíveis, além de mensagens de empatia às pessoas em luto.

O projeto enfatiza a necessidade de um papel proativo dos meios de comunicação, destacando que a conscientização pode salvar vidas ao promover intervenções precoces e adequadas.

O deputado baseou sua proposta em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta o Brasil como o País com o maior número de pessoas ansiosas no mundo, com mais de 18,6 milhões de brasileiros afetados. “A saúde mental é essencial para o bem-estar e a qualidade de vida, mas ainda é cercada por estigmas. Precisamos utilizar os meios de comunicação para educar, prevenir e apoiar aqueles que enfrentam esses desafios”, afirmou Cristiano.

O projeto também aborda a responsabilidade social dos meios de comunicação, comparando a saúde mental à saúde física no que diz respeito à necessidade de campanhas de conscientização.

A proposta busca promover uma sociedade mais informada e empática, contribuindo para a identificação precoce de transtornos e incentivando a busca por ajuda profissional. “Quando falamos abertamente sobre saúde mental, estamos dando um passo importante na direção de um futuro onde ninguém precise sofrer em silêncio”, destacou o parlamentar.

Se aprovado, o projeto deverá ser regulamentado pelo Poder Executivo em até 90 dias após sua sanção, consolidando uma política pública que integra saúde, educação e comunicação em favor do bem-estar da população goiana.