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“Nossa luta é contínua”, aponta deputada Bia de Lima em defesa dos professores de Goiás

Na data em que se comemora o Dia dos Professores e da Professoras no Brasil, 15 de outubro, a deputada da Educação de Goiás, Bia de Lima (PT), fez uma fala forte e aguerrida em prol da categoria durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
A parlamentar, que é presidente da Comissão de Educação da Casa Legislativa e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), falou sobre as perdas dos profissionais ao longo dos últimos anos no âmbito da Rede Estadual de Educação, mas ressaltou a resiliência e a força desses profissionais que seguem lutando por valorização e melhores condições de trabalho.
Segundo Bia, muito além de cumprimentar cada professor, é preciso dar voz para a Educação em seus direitos. “Ao longo dos últimos anos os nossos direitos têm sido retirados. Começou com a retirada da titularidade, depois nos prometeram o retorno dela, o que nunca ocorreu. Depois, nos foi tirada a licença-prêmio, o quinquênio, a aposentadoria especial, algo que é fundamental para a categoria. Só quem é da sala de aula sabe o quanto é exaustivo estar nesse lugar, o quanto é desgastante, especialmente, com salas cada vez mais lotadas, mas, sobretudo, com o aumento da nossa jornada de trabalho”, apontou a deputada.
De acordo com Bia de Lima, o aumento da carga horária dos professores que atual na Rede Estadual de Educação de Goiás tem gerado transtorno e sofrimento para os profissionais, bem como o adoecimento desses trabalhadores, principalmente, por não serem valorizados de forma adequada.
“Prestamos concurso público para uma carga horária de 28 aulas semanas. Agora, em 2022, esta jornada foi aumentada para 32 aulas, mudando completamente a vida dos professores. Essa mudança causa uma sobrecarga de trabalho nessas pessoas, que se dedicam não só nas salas de aula, mas também precisa de correções, avaliações, planejamentos”, disse ela.
Indignada com a situação dos trabalhadores, Bia também ressaltou a falta de compromisso do governo de Goiás com a aposentadoria da categoria. “Como se todas essas perdas fossem pouco, agora, existe uma dificuldade desumana para conseguir a aposentadoria. É inadmissível um professor, além do tempo regulamentar exigido por lei, seja submetido a uma estratégia do governo, de trabalhar mais dois ou três anos além do tempo, aguardando o trâmite do processo. Às vezes isso acontece quando o profissional já está adoecido e readaptado, então ele não consegue mais ter o ganho. Essa é a dinâmica do governo Caiado, que paga os trabalhadores por meio de gratificações para reduzir os proventos de quem, na hora de aposentar, vê o seu salário cair pela metade. Essa é a realidade da educação em Goiás”, ressaltou.
Por fim, Bia de Lima disse que chegou à Alego com o objetivo de sanar as questões que afligem os professores. “É urgente que a gente consiga resolver essa pauta da aposentadoria. As pessoas não têm mais tempo a perder. Nossa luta é continua, ou seja, vamos continuar cobrando os nossos direitos, inclusive, o fim dos 14.25%, que tanto sacrifica os aposentados da Educação”, completou a deputada.