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Reunião define ações em defesa da Reforma Agrária e dos servidores do Incra
Durante reunião realizada hoje, dia 1º, na Assembléia Legislativa, representantes dos servidores do Incra, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), CPT, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) definiram uma série de ações para colocar a reforma agrária na pauta do Governo Federal. A reunião foi provocada pela possibilidade de nova greve dos servidores do Incra, que atrasaria ainda mais o assentamento de famílias que aguardam há alguns anos por um pedaço de terra. "Precisamos de um novo investimento na reforma agrária, principalmente porque temos melhorias nos índices sociais e a reforma agrária é um instrumento importante para o desenvolvimento sustentável do país", afirmou o líder da Bancada do PT, Mauro Rubem.
A primeira ação está marcada para o dia 11 de outubro, quando acontece a reunião do Fórum Estadual da Reforma Agrária, no auditório da CUT/GO. "Vamos articular a partir de agora a realização de uma audiência pública no Congresso nacional, em Brasília; uma reunião da Executiva Estadual do PT com os representantes dos movimentos de defesa da reforma agrária e uma audiência com o presidente Lula", adiantou o deputado. Além disto, os movimentos sociais irão trabalhar no fortalecimento do Fórum Nacional de Reforma Agrária, que tem a próxima reunião marcada para o dia 11 de novembro.
"Nossa preocupação é com o futuro do Incra, enquanto órgão principal para a efetivação da reforma agrária. A demanda hoje é de 900 famílias e o número de servidores reduziu a menos da metade, o que inviabiliza o nosso trabalho", reclama o representante dos servidores do Incra, Giovani Marques Alves. Esta é também a opinião da representante do MST, Rosana Fernandes, que "historicamente a reforma agrária só acontece para aquelas famílias organizadas em movimentos sociais e é preciso ampliar estas ações". O ex-presidente da CPT, e atual conselheiro, Dom Tomaz Balduíno, elogiou a iniciativa do deputado e fez críticas ao que considera "o cancelamento da reforma agrária na pauta do Governo Federal. Deixou de ser priorizado e a sociedade deve se unir e tomar uma ação mais enérgica".
O resultado da reunião, para o líder da Bancada do PT, Mauro Rubem, foi positivo, porque a reforma agrária, segundo ele, depende de diversos atores e um deles "é o servidor do Incra que precisa ser valorizado". Para o deputado, o avanço da reforma agrária no país depende da união de todos os movimentos sociais.