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Mauro Rubem realizou Seminário sobre plano de Carreira no SUS
A reunião foi promovida pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa e membro da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, o deputado estadual Mauro Rubem (PT). O parlamentar, na ocasião, agradeceu a presença dos representantes das entidades de classe e ressaltou que o plano de cargos e salário é uma busca de quase três décadas.
Além do parlamentar apóiam a causa o Sindicato dos Trabalhadores do SUS em Goiás, a Associação dos Auxiliares e Técnicos em Odontologia do Estado de Goiás, o Sindicato dos Odontologistas no Estado de Goiás, a Associação Farmacêutica de Goiás, o Sindicato dos Nutricionistas no Estado de Goiás, o Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Goiás, o Conselho Regional de Enfermagem de Goiás, o Conselho Regional de Serviço Social 19ª Região Goiás e o Conselho Regional de Psicologia de Goiás e Tocantins.
Na mesa diretora dos trabalhos, o deputado Mauro Rubem; o assessor de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde, Jeferson Leite da Silva; a presidente do Sindsaúde, Maria de Fátima Veloso; e os palestrantes Henrique Antunes Vitalino, que é da coordenação geral da gestão de trabalho em saúde do Ministério da Saúde; e Neymi Batista, que é presidente do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-GO).
Henrique abordou pontos importantes para elaboração de Plano de Carreira
O palestrante Henrique Antunes Vitalino, da coordenação geral da gestão de trabalho em saúde do Ministério da Saúde, em sua explanação, apresentou aos participantes do Seminário "Perspectivas e Desafios na Elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Sistema Único de Saúde" as diretrizes nacionais para criação ou reforma de Planos de Carreira no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Henrique Antunes falou sobre as finalidades, princípios, e características importantes que devem ser observadas quando da reformulação de um plano de carreira já existente. Para ele não é importante apenas ter um plano, mas sim um projeto bem elaborado e com um sistema de gestão participativo que vá ao encontro dos anseios dos trabalhadores.
“Tem que se elaborar um sistema que permita ascensão gradativa, pois de nada adianta um plano que traga benefícios ao ocupante do cargo apenas após 30 anos, ou mesmo que possua a classe máxima impossível de ser atingida”, ressaltou Henrique Antunes ao defender um estudo sério sobre a reformulação de plano de carreira.
O coordenador do Ministério da Saúde abordou, ainda, temas como divisão de cargos. Ele acredita ser viável a implantação de três cargos distintos: nível superior, médio e básico a serem subdivididos em especialidades. Sobre evolução de carreiras, o palestrante recomenda uma análise caso a caso do que se deve exigir ao proporcionar a concessão de progressão.
“Prefiro, em uma emergência, trabalhar em campo com um profissional experiente a um mestre teórico, e prefiro, também, em um órgão de pesquisa, um mestre a um profissional experiente”, disse Henrique ao defender que a qualificação acadêmica não deve ser o único requisito de análise para evolução de carreira.
Titular do CRESS-GO apresentou propostas para reformular plano de carreira
A presidente do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-GO), Neymi Batista, palestrou, apresentando teorias sobre o capitalismo e sobre o estado social ao abordar as direções das políticas públicas que regem o SUS. Segundo ela, o Estado tem que se organizar para a prestação de serviços, e neste sentido, ter em vista as diretrizes propostas pelo plano, que visam contenção de gastos, focalização, controle do corporativismo, incentivo a mecanismos de competição, entre outras questões. "Há uma conjuntura favorável e uma necessidade de atualizar o atual plano de cargos, carreiras e salários da área da saúde no Estado de Goiás”, disse.
A presidente do CRESS lembrou que o atual plano foi desenvolvido há 16 anos e sua proposta está em desencontro com o desenvolvimento do trabalho atual. “Queremos um plano que inclua questões mais abrangentes do dia a dia do trabalho”, ressaltou Neimi Batista ao afirmar que não dá para se discutir um plano de carreira descontextualizado das questões que se vive diariamente.