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Durante seminário, geógrafo afirma que o desenvolvimento do país deverá ocorrer no campo
O Fórum Estadual pela Reforma Agrária e Justiça no Campo formado por movimentos sociais realizou na última quarta-feira, 3, a abertura do seminário “Reforma Agrária em Goiás: Desafios e Perspectivas”. Na ocasião houve um debate com Bernardo Mançano, pós-doutor em geografia agrária e professor da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Ariovaldo Umbelino de Oliveira, doutor em geografia e professor da Universidade de São Paulo (USP). O Mandato Popular e o deputado Mauro Rubem (PT-GO) estiveram presentes para defender a realização ações que proporcionem o avanço da reforma agrária em todo o Estado.
A luta pelo direito à terra ainda é forte e prova disso foi a presença maciça dos movimentos sociais durante o debate. Em silêncio quase absoluto, os professores foram ouvidos com atenção por mais de 3 horas e ao fim o espaço foi aberto para que todos pudessem se expressar e colaborar para que a discussão sobre a Reforma Agrária ficasse cada vez mais aprofundada.
O professor Bernardo, durante a sua fala destacou que a Reforma Agrária é uma política pública necessária para o efetivo desenvolvimento do Brasil e apresentou dados de pesquisas realizadas na UNESP para fazer uma análise sobre o processo que vem ocorrendo. De acordo com as pesquisas, nos períodos em que tem mais ocupações, aumenta o número de assentamentos, ou seja, “sem ocupação não há Reforma Agrária. No Brasil ela só se realiza no campo da pressão”, alertou Mançano.
Contudo, o geógrafo foi incisivo ao declarar que o que ocorre atualmente não pode ser considerado Reforma Agrária, mas sim uma política de assentamentos e isso não tem apresentado resultados satisfatórios. Segundo o professor, o desenvolvimento dos assentados é muito baixo, pois eles não tem acesso à educação, saúde, infraestrutura e, portanto, não conseguem entrar no competitivo mercado de alimentos. “Nós não vamos desenvolver o nosso país com concentração urbana. Nós iremos desenvolver o Brasil no campo”, declarou.
A Reforma Agrária deve ser uma política de permanente e é preciso superar a lógica capitalista de produção de alimentos. No Brasil, a agricultura familiar está sempre subalterna ao agronegócio e com isso, há grande produção de commodities, alimentos com agrotóxicos e transgênicos, impedindo a implantação de uma cultura menos agressiva ao meio ambiente e mais saudável para a população.
O geógrafo, Ariovaldo, afirmou que os problemas enfrentados atualmente foram originados na formação da propriedade privada no Brasil, realizada através de grilagens e a terra é tida como uma mercadoria, ou seja, “mesmo improdutiva, ela tem valor”. Dessa maneira, é esquecida a função social da terra: aproveitamento racional e adequado; preservação ambiental; regulação das relações de trabalho e exploração que favoreça o bem-estar dos proprietário e trabalhadores da terra.
A luta pelo direito à terra ainda é forte e prova disso foi a presença maciça dos movimentos sociais durante o debate. Em silêncio quase absoluto, os professores foram ouvidos com atenção por mais de 3 horas e ao fim o espaço foi aberto para que todos pudessem se expressar e colaborar para que a discussão sobre a Reforma Agrária ficasse cada vez mais aprofundada.
O professor Bernardo, durante a sua fala destacou que a Reforma Agrária é uma política pública necessária para o efetivo desenvolvimento do Brasil e apresentou dados de pesquisas realizadas na UNESP para fazer uma análise sobre o processo que vem ocorrendo. De acordo com as pesquisas, nos períodos em que tem mais ocupações, aumenta o número de assentamentos, ou seja, “sem ocupação não há Reforma Agrária. No Brasil ela só se realiza no campo da pressão”, alertou Mançano.
Contudo, o geógrafo foi incisivo ao declarar que o que ocorre atualmente não pode ser considerado Reforma Agrária, mas sim uma política de assentamentos e isso não tem apresentado resultados satisfatórios. Segundo o professor, o desenvolvimento dos assentados é muito baixo, pois eles não tem acesso à educação, saúde, infraestrutura e, portanto, não conseguem entrar no competitivo mercado de alimentos. “Nós não vamos desenvolver o nosso país com concentração urbana. Nós iremos desenvolver o Brasil no campo”, declarou.
A Reforma Agrária deve ser uma política de permanente e é preciso superar a lógica capitalista de produção de alimentos. No Brasil, a agricultura familiar está sempre subalterna ao agronegócio e com isso, há grande produção de commodities, alimentos com agrotóxicos e transgênicos, impedindo a implantação de uma cultura menos agressiva ao meio ambiente e mais saudável para a população.
O geógrafo, Ariovaldo, afirmou que os problemas enfrentados atualmente foram originados na formação da propriedade privada no Brasil, realizada através de grilagens e a terra é tida como uma mercadoria, ou seja, “mesmo improdutiva, ela tem valor”. Dessa maneira, é esquecida a função social da terra: aproveitamento racional e adequado; preservação ambiental; regulação das relações de trabalho e exploração que favoreça o bem-estar dos proprietário e trabalhadores da terra.