Notícias dos Gabinetes
Mauro Rubem participará do 8º Congresso da Educação
A serviço da Educação
Congratulamos todas as trabalhadoras e trabalhadores da Educação, participantes do 8º Congresso do Sintego, que traz como tema, Os Desafios da Educação Pública - Em Busca de Qualidade Social. Um passo significativo para a avaliação e planejamento das nossas atividades, nesta nova década que se inicia.
Para especialistas em educação, entre os principais desafios para os próximos anos estão as formas de se trabalhar com as novas tecnologias, a maior participação dos pais na vida escolar e o ajuste real de salários para os educadores.
Algo simples e que foge da esfera política, aproximar os pais das atividades escolares é fazer com que eles incentivem os filhos a estudar. Longe das escolas, os pais deixam para os professores o papel de educar os filhos. As unidades educacionais e a família devem ter em comum o objetivo de oportunizar o desenvolvimento das crianças em todos os aspectos e contribuir para o sucesso na aprendizagem. Cabe aos educadores a tarefa de demonstrar isto à família.
A tecnologia na Educação também é de grande importância para ajudar a desenvolver as habilidades dos estudantes. Não se pode desconsiderar os recursos como o giz e os livros, mas os educadores devem ser estimulados e preparados para utilizar as novas ferramentas. Que os alunos aprendam a ter gosto não só pelo entretenimento que a internet e o computador proporcionam, mas também o interesse pela pesquisa e por aprender.
Em nossa mira parlamentar, a valorização dos profissionais da Educação continua a ser um desafio. A remuneração ainda não é ideal e eles se desdobram em muitas jornadas. Ao final de um ano e também às portas de novos governos, ou, da continuidade de projetos ou novos governantes, analisamos a conjuntura na qual teremos que agir, em prol dos trabalhadores.
Todos os dados e correlações apontam para a possibilidade de aumento real dos salários dos professores no próximo ano. Os dados comprovam que é totalmente possível o ajuste real, partindo do INPC medido em 2010.
Ao relacionar o crescimento acima da inflação que tiveram os diversos segmentos e fatores, como o PIB, a Formação Bruta do Capital Fixo, o consumo das famílias, a ocupação, o rendimento médio real e a massa salarial, há uma defasagem dos salários.
Pensamos que todo o trabalho deverá ser realizado em torno do termo 'ajuste real'. Além do ajuste, que será nossa principal bandeira, não deixaremos de lado outras grandes reivindicações que vêm sendo feitas nos últimos anos, como as cláusulas relacionadas a saúde do trabalhador, a remuneração de hora-atividade para professores da Educação Básica, a melhoria das condições de trabalho, implicando no urgente reaparelhamento e reforma das unidades de ensino e ainda, a necessidade de regulamentação para o ensino na modalidade a distância.
O primeiro plano para a educação brasileira, sancionado na forma da Lei 10.172/2001, tinha como objetivos principais o aumento da escolaridade da população, redução das desigualdades sociais e regionais, democratização da gestão do ensino público e a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis. Com os vetos presidenciais à lei, que restringiram o papel da União no financiamento da Educação, o alcance de muitas metas foi comprometido.
Com isso, muitos desafios antigos continuarão no projeto de educação para a próxima década. Se por um lado o País conseguiu alcançar grande parte das metas de universalização do ensino fundamental, ainda resta um enorme caminho a ser percorrido para garantir que o acesso se transforme em aprendizagem com qualidade.
Em 2010, a Conferência Nacional de Educação elencou e aprovou um documento com dez desafios para a Educação brasileira nos próximos anos, a saber: universalizar o atendimento público, gratuito, obrigatório e de qualidade na Educação infantil, no ensino fundamental de nove anos e no ensino médio; implantar o Sistema Nacional Articulado de Educação, integrando os entes federados em regime de colaboração; extinguir o analfabetismo, inclusive o funcional; estabelecer padrões de qualidade para cada nível, etapa e modalidade da Educação, delineando o custo-aluno-qualidade como parâmetro para financiamento; democratizar e expandir a oferta de Educação superior; assegurar a Educação profissional de modo a atender às demandas sociais e produtivas; garantir oportunidades e atenção às necessidades de estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados na relação idade-escolaridade, indígenas, afro-descendentes, quilombolas e povos do campo; implantar a escola de tempo integral na educação básica; ampliar o investimento em educação pública para 10% do PIB até 2014; e valorizar os profissionais da Educação.
Abrindo neste 2011 o nosso terceiro mandato no Legislativo goiano, estamos certos que a nossa reeleição deu-se por milhares de votos vindos das trabalhadoras e dos trabalhadores em Educação, que fizeram jus ao nosso histórico profissional em favor da classe. Agradecidos, estaremos atentos e prontos para as missões necessárias e ao lado do governo federal da presidente Dilma e das forças sindicais, propomos empregar toda a nossa capacidade de luta e ação política no cumprimento das metas por uma Educação qualitativa em Goiás.