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Mauro Rubem e Comissão iniciam trabalhos da 1ª Conferência Estadual de Comunicação
O evento teve início às 19 horas, desta terça-feira, 30, no Auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa. Além de Mauro Rubem, na mesa da audiência estavam o chefe de gabinete do Ministro Chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Sylvio Coelho; a diretora de Radiodifusão da Agência Goiana de Comunicação (Agecom), Rosane Lousa; a secretária geral da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga; a representante da Rede de Comunicadores a Serviço da Cultura e da Ética (Comunicativa), Delma Costa; o superintendente do Complexo Zoobotânico da Prefeitura de Goiânia, Mizair Lemos da Silva; o diretor da Faculdade de Comunicação Social e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás (Facomb-UFG), Magno Medeiros; e o representante da regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Frei Edson Alves Pereira.
Segundo Mauro Rubem, esta primeira audiência pública teve como objetivo a sensibilização de todos atores sociais envolvidos na Comunicação. Durante o evento foram abordados temas que devem compor a pauta de discussões da Conferência, como a democratização dos meios de comunicação, a necessidade de regulação e controle público sobre estes meios; a revolução das tecnologias digitais e a derrubada da Lei de Imprensa.
Também foi destaque do debate a necessidade do envolvimento de todos os setores da sociedade envolvidos para a construção de uma Conferência que realmente atenda a sociedade brasileira. Sylvio Coelho ressaltou que o tema geral da Conferência será Comunicação – meios para a construção de direitos na era digital.
Segundo o chefe de gabinete, o País precisa construir uma plataforma para sustentar o crescimento da comunicação social e que indique um caminho com as alterações causadas pelas novas tecnologias. Sylvio Coelho destacou, principalmente, as mudanças causadas pela multiprogramação e pela interação, que provocam grandes debates dentro de empresas. A multiprogramação já é testada dentro da esfera pública, mas sua utilização em empresas privadas ainda não foi autorizada.
Já a secretária geral da Fenaj, Maria José, destacou a necessidade de o Estado exercer seu poder de regulação e controle sobre os meios de comunicação. “E por que não? Todos os outros serviços públicos estão sujeitos a este controle, mas os empresários do setor lutam contra esse direito da sociedade”, argumentou a jornalista.
Maria José, que também participa do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação, afirmou que o fórum já apresentou propostas de eixos temáticos a serem discutidos na Confecom. Os interessados podem conhecer mais sobre a instituição do endereço eletrônico www.fndc.org.br. A diretora de Radiodifusão da Agecom afirmou que o órgão participará ativamente desta Conferência e que já está se preparando para o evento.
No encerramento da audiência, Mauro Rubem afirmou que espera que o Poder Executivo convoque a sociedade para este debate, mas, se não for o caso, a Assembleia Legislativa o fará. A 1ª Confecom/GO será realizada até o mês de setembro de 2009, fazendo parte da etapa nacional convocada pelo governo federal para os dias 1, 2 e 3 de dezembro de 2009, em Brasília.
Os trabalhos da Comissão Pró-Conferência estão acontecendo às quartas-feiras, às 19h30, no Centro Cultural Cara Vídeo (Rua 83, 361 – Setor Sul – Goiânia/GO).
Livro Vida Poesia
Em paralelo à audiência pública, aconteceu o lançamento do livro "Vida Poesia", do escritor Milton Freire. O autor, através de um exercício poético, inspirado na obra de Clarice Lispector, retrata seu sonho de realização simbólica pessoal, cuja referência foi vivenciada e elaborada na Casa das Palmeiras, no Rio de Janeiro, e no engajamento na causa da luta antimanicomial. Milton, que sofre de esquizofrenia, descreveu a doença como a invasão das forças instintivas sobre o ego, causando sua fragmentação. “O livro é a celebração de um trabalho de colagem desse interior. Este livro também é uma forma de voz aos outros portadores de doenças mentais. Essa é minha missão”, afirmou.
Segundo o autor, os tratamentos tradicionais, como eletrochoques e choques insulínicos, só fazem agravar as divisões do ego. “Hoje em dia, a medicação para doenças mentais teve um grande avanços, mas o afeto, a convivência e o amor ainda são os melhores remédios”, ressaltou.