O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa de Goiás juntamente com o Sindsaúde/GO, a CUT-GO, o Sintego e várias outras entidades comemoraram hoje, 8, em Goiânia o centenário do Dia Internacional da Mulher com marcha e atos políticos em frente à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) e na Praça do Bandeirante.

Participaram da atividade o deputado federal Pedro Wilson, o Fórum Goiano de Mulheres, o Grupo de Mulheres Negras do Cerrado Dandara, o Fórum de Mulheres Negras, Sinaae, Fetraf, Fetaeg, a Associação das Donas de Casa e o coletivo de mulheres do Partido dos Trabalhadores de Goiânia.

A atividade, promovida pela Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-GO, teve início às 9 horas da manhã, quando dezenas de homens e mulheres deixaram a Praça Universitária e seguiram, em marcha, até a Delegacia da Mulher. Em frente à DEAM, os(as) participantes solicitaram melhoria na estrutura das delegacias de atendimento especializado às mulheres em todo o estado.

À convite da secretária da Mulher da CUT-GO, Maria de Fátima Veloso, a delegada titular da delegacia especial no atendimento a Mulher (DEAM), Miriam Aparecida de Oliveira Borges, fez uso da palavra, dizendo da importância de se garantir espaços próprios de funcionamento dessas delegacias – além de estrutura e recursos humanos qualificados para o atendimento às mulheres vítimas de violência. “Um estado democrático de direito não pode conceber a permanência de qualquer tipo de violência contra as mulheres”, afirmou.

A delegada reiterou o compromisso dos (as) profissionais da DEAM na luta contra a violência à mulher e agradeceu o apoio dos participantes.

Aproveitando a presença de veículos da imprensa goiana, Maria de Fátima Veloso pediu que além do tradicional “café da manhã”, o governo providencie de fato melhor estruturação das delegacias de atendimento à mulher em todo o estado. “Não queremos apenas o cafezinho, embora ele seja sempre muito bom. Queremos delegacias estruturadas, com condições de trabalho e de atendimento digno às mulheres de Goiânia e dos municípios”, afirmou.

Na continuação do percurso, os participantes da marcha distribuíram cartilhas com a lei Maria da Penha para os homens e mulheres nas ruas, lojas e pontos de ônibus.

Para o deputado Mauro Rubem todas as mulheres têm os mesmos direitos que os homens e que o mandato está lutando contra as injustiças feitas por um senador de Goiás na luta das cotas em universidades. “As mulheres tem que lutar por seus direitos sem descriminação, tem trabalhadoras que tem os mesmos cargos que homens, mas salários menores. Ainda tem pessoas como o senador Demóstenes Torres (DEM) que fala que as mulheres negras foram coniventes no passado ao aceitarem serem estupradas e violentadas e que a escravidão foi um favor que a colonização fez para a África, isso é um absurdo”, afirmou Mauro Rubem.

Além disso, bandeiras históricas de luta dos (as) trabalhadores (as) foram reivindicadas como a redução da jornada de trabalho para 40h/semanais e a ratificação da Convenção n.º 156 da Organização Internacional do Trabalho – que versa sobre a igualdade de direitos e oportunidades (existente desde 1983 e, até hoje, não foi ratificada pelo Brasil). Em relação à Convenção nº 156, os (as) trabalhadores (as) fizeram um abaixo assinado, solicitando sua imediata ratificação no Brasil.