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Notícias dos Gabinetes
Mauro Rubem Participa da abertura do 2º Congresso da Fetraf

30 de Outubro de 2009 às 21:06
Em discurso emocionado, Elisângela Araújo, coordenadora Geral da Fetraf-Brasil falou sobre a importância do II Congresso para a entidade neste momento, não só de comemoração, “mas principalmente, de preparação para o enfrentamento em defesa de um nacional de desenvolvimento sustentável e solidário”.

A coordenadora da Fetraf lembrou que “precisamos mostrar à sociedade, contrariando a visão elitista da mídia, que somos capazes de abastecer este país com 100% de produtos vindos da agricultura familiar”. Para garantir avanços, a Fetraf defende mais financiamentos, crédito e assistência técnica.

O Deputado Mauro Rubem parabenizou a realização do congresso e ressaltou a política pública do Governo Federal. “O Governo Lula está mostrando para o Brasil como e da onde vem o alimento de nossa nação, vem da agricultura familiar, e esta CPI da Terra não é contra o MST e sim para tentar calar o povo para que a sociedade civil não conheça a verdadeira face e beneficiar o agronegócio e os latifúndios, isso que os partidos de direitas querem”, afirmou do deputado.

Para Altemir Gregolim, Ministro da Pesca e Aquicultura, o papel da agricultura familiar é estratégico para o país, sendo que “as maiores e mais importantes vitórias conquistadas pela categoria começaram pelo reconhecimento do presidente Lula deste fato para o desenvolvimento do Brasil”.

A relevância do setor tornou-se ainda mais evidente com a divulgação do Censo Agropecuário 2006, que atesta a categoria como 89% mais produtiva que o agronegócio. Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA) Guilherme Cassel, “eles têm que aprender conosco – agricultura familiar - como é que se produz”.

Conforme Cassel, “diziam muita bobagem, mas o censo jogou luz sobre a realidade brasileira, demonstrando que a reforma agrária não é uma bandeira ideológica, mas uma necessidade. É o melhor caminho para o desenvolvimento do país. Primeiro, porque se relaciona melhor com o meio ambiente; segundo, porque ocupa mais pessoas”. O ministro informou que enquanto a agricultura familiar emprega 15,4 pessoas a cada 100 hectares, o agronegócio emprega somente 1,7. A eficiência é comprovada também pela maior geração de renda: R$ 766 por hectare na agricultura familiar contra somente R$ 358 do agronegócio.

A criminalização dos movimentos sociais também foi denunciada por Cassel, para quem a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) é contra uma forma de relacionamento entre o governo e a sociedade civil. “Querem nos acuar. Precisamos de unidade, combatividade e lucidez para enfrentar essa perseguição”, frisou.

O deputado federal e ex-presidente nacional da CUT, Vicente Paulo da Silva (Vicentinho) disse ter na sua atuação “o DNA da Fetraf, junto e misturado” e destacou a necessidade dos agricultores familiares se somarem à luta “em defesa da Petrobrás, contra a cobiça dos grupos internacionais que querem o pré-sal”. Elogiando Elisângela e todas as mulheres agricultoras, Vicentinho arrancou aplausos do plenário ao destacar que, “assim como a Fetraf é coordenada por uma guerreira, o Brasil também pode ser governado por uma mulher”.

Entre outros, estiveram presentes representações da Secretaria Geral da Presidência, dos ministérios do Meio Ambiente e Cultura, da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), Secretaria Especial de Promoção e Igualdade Racial, Embrapa, Conab, Banco do Brasil, Caixa e o deputado estadual Dirceu Dresch (PT-SC).
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