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Notícias dos Gabinetes
Manifestação da via campesina representa enterro das maiores empresas na área de transgênicos

18 de Julho de 2011 às 16:19

 

Estimular e fortalecer o trabalho com as sementes crioulas e com a agroecologia, construir um projeto de agricultura camponesa baseado na produção de comida saudável e preservação do meio ambiente e denunciar o mercado de sementes transgênicas no país e no mundo. Com este objetivo, centenas de participantes da Festa e Feira das Sementes, Mudas e Raças Crioulas em Defesa da Biodiversidade e do Seminário Estadual sobre Biodiversidade e Sementes Crioulas, que aconteceu de 07 a 10 de julho em Catalão, realizaram uma caminhada pelos principais pontos do município no segundo dia de atividade. 

Presente na ocasião, o membro titular da Comissão de Habitação, Reforma Agrária e Urbana da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, deputado Mauro Rubem (PT), considera preocupante a realidade vivenciada pelos brasileiros no que se refere ao consumo de agrotóxicos. "O Brasil está no ranking dos países que mais usam agrotóxicos sendo que mais de 5 quilos de veneno são consumidos, por ano, pelos trabalhadores. Precisamos de relações humanas dignas para garantir saúde e qualidade de vida à população. Sabemos que isso é possível, necessário e urgente.  Queremos o fim do agronegócio e a defesa da biodiversidade", reitera. 

Os manifestantes caminharam cerca de 5km do Campus da UFG de Catalão até à Praça da Velha Matriz, na avenida 20 de agosto no centro da cidade, onde incendiaram, dentro de um suposto caixão, os nomes das empresas Pioneer, Bayer e Monsanto como forma de condenar o projeto de morte alavancado pelas empresas. Segundo o coordenador do Movimento Camponês Popular, Altacir Bunge, a escolha do municipio de Catalão para sediar o evento tem uma justificativa. "Uma das maiores e mais modernas unidades de sementes de soja da Pioneer está sendo construída aqui na cidade, há poucos metros de nós. Sabemos que logo teremos conflitos, por isso, este evento e esta caminhada. Precisamos conscientizar a comunidade dos riscos à saúde que serão criados com esta nova unidade", reforça. 

Mais de mil camponeses, de todos os lugares do país e do mundo, participaram de toda a atividade. A proposta é de que, em 2013, uma nota etapa internacional aconteça, com maior expectativa de público, para promover uma reflexão sobre as missões e metas dos movimentos; divulgar as ações deste público como alternativas para a sociedade; fortalecer a luta e trocar informações, conhecimento e experiências sobre sementes, mudas e raças crioulas.

 

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