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Notícias dos Gabinetes
Estudantes da Unidade Laranjeiras lotam Audiência Pública que discutiu gratuidade do ensino na UEG

25 de Setembro de 2007 às 11:55
Cerca de 400 alunos da Unidade Laranjeiras da Universidade Estadual de Goiás participaram de Audiência Pública organizada pelo líder do PT e membro da Comissão de Educação e Cultura e Esporte da Assembléia, deputado Estadual Mauro Rubem, na quinta-feira, dia 20 de setembro.

 

Cerca de 400 alunos da Unidade Laranjeiras da Universidade Estadual de Goiás participaram de Audiência Pública organizada pelo líder do PT e membro da Comissão de Educação e Cultura e Esporte da Assembléia, deputado Estadual Mauro Rubem, na quinta-feira, dia 20 de setembro. Entre os principais encaminhamentos, ficou definido que as aulas – suspensas há quase 90 dias pela UEG – iriam retornar imediatamente (por ordem judicial) e que será marcada uma audiência com o Secretário Estadual da Fazenda a fim de que o Estado custeie, de uma vez por todas, a UEG.

Participaram da audiência o promotor do MP e coordenador do Centro de Apoio Operacional ao Consumidor, Robertson Alves Mesquita; o professor e coordenador do Fórum em Defesa da UEG, Pitias Alves Lobo; a aluna da Unidade Laranjeiras, Cléa Barreto; o professor e diretor de Programas Especiais da UEG, Elcival José de Souza Machado e a professora Doracy de Oliveira, diretora da Unidade Laranjeiras.

Mauro Rubem defendeu a UEG como instituição de ensino pública e gratuita, um patrimônio dos goianos que deve ser custeado pelo Estado. “O governo do Estado tem que entender que a UEG é uma universidade pública e gratuita, que deve receber os recursos públicos para oferecer um ensino de qualidade a todos os goianos. Não se pode cobrar dos estudantes!”, afirmou Mauro Rubem. O deputado lembrou ainda de sua iniciativa de alterar a Constituição Estadual por meio de uma Ação Popular, alterando de 2% para 5% a porcentagem de recursos investidos pelo Estado na UEG.

O promotor Robertson Alves Mesquita criticou a forma eleitoreira como a instituição foi usada – na última campanha eleitoral de 2006 – quando até mesmo bolsas foram prometidas aos alunos da universidade. “Isso é ilegal. Não faz sentido o Estado oferecer bolsas para estudantes de uma universidade que é pública. Isso foi um discurso eleitoreiro de época. Para políticos que trabalham com esses argumentos a resposta é só uma: não votar neles nunca mais”, enfatizou, em meio a fortes aplausos dos estudantes.

Outra reivindicação apresentada pelos alunos, e que foi reforçada pelo deputado, foi a abertura imediata da creche. “É impossível assistir aulas com as crianças na sala. Muitas são crianças de colo, que não podem, nem devem ser submetidas a isso”, afirmaram várias estudantes que também são mães.

Custeio
O professor Pitias Lobo, coordenador do Fórum em Defesa da UEG, criticou a postura do Estado e dos representantes da universidade, em alegar que o governo não tem condições de custear a UEG. “Só para se ter uma idéia, o orçamento gasto pela UEG em um ano é, em estimativa, de R$ 20 milhões. Só com bolsas destinadas às universidades particulares, o Estado gasta cerca de R$ 50 milhões por ano. Então, como não tem recursos? O que não tem é a priorização do ensino público, gratuito e de qualidade”, criticou.

Mauro complementou a informação do professor com dados bastante incisivos. “Em menos de 30 meses, o governo de Goiás praticamente ‘deu’ para 10 grandes usineiros de cana cerca de R$ 400 milhões. Ou seja, são recursos que poderiam manter a UEG por quase 20 anos!”, concluiu indignado.

SAIBA MAIS
A audiência pública foi um dos desdobramentos de uma ação interposta pelo Ministério Público que acatou a denúncia dos alunos dos cursos de Licenciatura Plena Parcelada da Unidade Laranjeiras, contra a cobrança praticada pela instituição. O MP deu prosseguimento à denúncia e o juiz da Comarca de Anápolis, Dr. Sebastião José de Assis Neto, julgou a sentença favorável aos estudantes.

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