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Lançamento do Comitê Goiano da Verdade reúne defensores de direitos humanos
Lutar pelo resgate da verdade, promoção da justiça e construção da paz, possibilitando a recuperação da memória e destruição da mentira utilizada para proteger agentes da repressão. Com este objetivo, foi lançado nesta quinta-feira (12), no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, o Comitê Goiano da Verdade. Constituído por pessoas, instituições e entidades defensoras de direitos humanos, o Comitê busca o apoio da população, imprensa e organizações democráticas e populares da sociedade civil organizada para a aprovação da Comissão Nacional da Verdade pelo Congresso Nacional.
Presente no ato, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa e um dos integrantes do Comitê, deputado Mauro Rubem (PT), manifestou total apoio ao Comitê e Comissão e destacou que não só a história passada deverá ser tratada com a aprovação da Comissão da Verdade, mas principalmente os problemas atuais, decorrentes do autoritarismo. “Tivemos 15 goianos desaparecidos durante a Ditadura Militar. De 2000 para cá, foram 36 jovens. Esta realidade só vai mudar quando passarmos a limpo nossa história. Precisamos garantir que o respeito e dignidade prevaleçam. A Comissão será uma vacina para o fortalecimento da democracia no nosso país”, ressalta.
Após relembrar alguns nomes que representam esta história de luta, o ex-prefeito de Goiânia, Pedro Wilson, declarou que a Comissão da Verdade deve ser autônoma já que pertence a sociedade civil. “Não queremos revanche e muito menos vingança. Apenas justiça. Muita verdade precisa ser revelada para que possamos ter um mundo justo e fraterno”, afirma. Para o diretor da Casa da Juventude Pe. Burnier, padre Geraldo Labarrére, “não houve uma conquista de armas, mas de honra”. Jarbas Marques, primeiro jornalista preso em 1964, também participou do ato de lançamento e, em sua fala, conclamou os presentes a bater palmas “pelos que lutaram, colocando o que tinham de mais precioso: a vida”.
Participaram da atividade, o assistente do projeto Direito à Memória e à Verdade da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Luiz Carlos Maia, representando a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário; o presidente da Associação Brasileira dos Advogados do Povo, Júlio Moreira; o coordenador do Programa de Direitos Humanos da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, professor Eduardo Barbieri e o representante do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás, Carlos Santander;
Também estiveram presentes, o presidente da Associação dos Anistiados de Goiás, Élio Cabral; o presidente da União Goiana dos Estudantes Secundaristas, Marcos Vinícius; o representante do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, Ricardo Barbosa; o representante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás, Fernando Sousa; a presidente da Central Única dos Trabalhadores de Goiás, Bia de Lima; o vice-presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Sérgio Muylaert, o jornalista Pinheiro Salles e diversas outras personalidades.