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Notícias dos Gabinetes
Mauro Rubem debate políticas de tratamento às drogas e à saúde mental durante audiência

18 de Agosto de 2011 às 19:52

Na manhã do dia 18 de agosto, foi realizada audiência pública com o tema “A Política Nacional de Saúde Mental”. O evento foi organizado pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa – presidida pelo deputado Mauro Rubem (PT), em parceria com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Goiânia e o Fórum Goiano de Saúde Mental, composto por várias classes de profissionais da Saúde. O objetivo da audiência foi discutir a Reforma Psiquiátrica, as formas de atenção à saúde mental e a atuação interdisciplinar dos profissionais, entre outras coisas.

Representando o Ministério da Saúde, o assessor técnico da Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, Francisco Cordeiro, que foi destaque na audiência, afirmou que a política de tratamento à saúde mental tem mudado, e comemorou os 10 anos da implantação da Lei da Reforma Psiquiátrica, ressaltando que “essa comemoração não está, de maneira nenhuma, encobrindo as dificuldades. Nós sabemos que ainda precisamos prestar serviços com mais qualidade. Contudo, nós estamos no caminho e não podemos ignorar o que já conquistamos”. De acordo com Francisco Cordeiro, atualmente, a humanização do tratamento e os projetos são discutidos juntamente com os usuários. “Isso é colocar o usuário no centro de discussão e ele tem poder de voz e voto. Nós precisamos trabalhar com inclusão”, afirmou o assessor.

Na ocasião, o deputado Mauro Rubem declarou que desde 2005 a política de tratamento à saúde mental estagnou e, portanto, ficou muito satisfeito em discutir novas diretrizes que apontam para o avanço do tratamento, proporcionando dignidade a inúmeras famílias. Segundo o parlamentar, é necessário que o tratamento seja completo e aborde outras áreas, como a economia solidária, por exemplo, porque “o consumismo exclui as pessoas e não podemos deixar que isso aconteça”.

Além disso, o petista afirmou que é preciso fortalecer a luta antimanicomial, que isola as pessoas portadoras de transtornos mentais, dificultando a reinserção social. “Defendemos a reforma psiquiátrica porque sabemos que é possível garantir a assistência em saúde mental sem segregar a pessoa, sem excluí-la do convívio social e sem impedi-la de exercer sua cidadania”, enfatizou o petista.

Francisco Cordeiro concordou com o deputado e declarou que todos merecem respeito, incluindo usuários de drogas, que também são usuários deste tipo de tratamento, e completa: “É bom que nos lembremos de que usuários de crack também são seres humanos” - neste momento, foi interrompido por aplausos das 146 pessoas presentes, dentre elas portadores de deficiência mental e pessoas em tratamento contra o vício de drogas, além de profissionais da Saúde e acadêmicos da área.

Fizeram parte da mesa de debate a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Heloísa Massanaro; o representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), Saulo Ribeiro Montefusco; a representante do Mandato Popular da vereadora Cidinha Siqueira (PT-GO); o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Goiânia; a coordenadora do curso de Especialização em Saúde Mental da Universidade Federal de Goiás (UFG), Elizabeth Esperidião; a representante do Fórum Goiano de Saúde Mental, Larissa Arbués; e a coordenadora de Enfrentamento ao Álcool e outras Drogas da Secretaria de Estado da Saúde, Fernanda Costa Nunes.

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