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15ª Parada do Orgulho LGBT reúne mais de 50 mil pessoas na luta contra a homofobia
As ruas de Goiânia ficaram cheias de cores no último domingo, 4 de setembro, com a 15ª edição da Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). Com o tema "Por uma Lei que Criminalize a Homofobia", a manifestação reuniu cerca de 60 mil pessoas em uma passeata pelo Centro da cidade. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa, deputado Mauro Rubem (PT), esteve presente na ocasião, manifestando apoio à causa.
Em seu Twitter, o parlamentar deixou clara a sua postura favorável à iniciativa. “A 15ª Parada LGBT de Goiânia mostra toda a energia dos que exigem respeito aos direitos humanos, principalmente o simples direito de expressar seus sentimentos sem qualquer restrição. O respeito à diversidade é um direito básico de qualquer cidadão, por isso, manifesto meu total apoio ao PL 122, que criminaliza a homofobia”, ressalta.
De acordo com a Secretaria de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial (Semira), Goiás é o sexto Estado mais homofóbico do Brasil. O atual cenário justifica a definição da presidente da Associação de Travestis e Transexuais de Goiás (Astral-GO), Beth Fernandes, sobre a parada: “Não é carnaval, é política”. A frase de Beth demonstra as dificuldades que a comunidade LGBT goiana vivencia, como a falta de recursos e apoio para a realização do evento, e a necessidade de avançar na luta por políticas públicas para este público.
Via crucis
A necessidade de avançar nas políticas públicas não é um tema novo na pauta do público LGBT. Diante disso, a aprovação no Supremo Tribunal Federal (STF) da lei que torna possível a união estável entre homossexuais e a suspensão da distribuição do kit anti-homofobia em escolas estaduais de ensino médio no País têm chamado atenção do grupo – temas citados, inclusive, durante a parada.
Durante o evento, o coordenador da Associação Ipê Rosa, Marco Aurélio de Oliveira, lembrou da primeira manifestação realizada na Capital, em 1996, com apenas um pequeno grupo de homossexuais. “Há 15 anos foram apenas nove jovens, hoje, somos milhares de pessoas, inclusive heterossexuais, que lutam contra a homofobia e o preconceito e a favor da alegria, do prazer e do tesão. Somos cidadãos de classe e queremos direitos iguais”, reivindica.
Para Mauro Rubem, defensor do direito à livre orientação sexual, é questionável “como essas 50 mil pessoas manifestam o seu sentimento nos outros dias”, já que demonstrações de carinho entre pessoas do mesmo sexo, em público, são veementemente repudiadas pela sociedade.
Outra iniciativa que teve destaque na parada foi a realização da 2ª Conferência Estadual LGBT, convocada pela presidente Dilma Rousseff e prevista para outubro, com o objetivo de reunir governos e sociedade civil para avaliar e propor diretrizes de combate à discriminação e à violência, e para a promoção dos direitos humanos e da cidadania da população LGBT local.
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