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Durante Audiência Pública, Mauro Rubem propõe novo modelo de gestão para o Ipasgo
Foi realizada nesta terça-feira, 13, na Assembleia Legislativa, a audiência pública “Autogestão do Ipasgo: quem paga tem que dirigir”. O evento discutiu a atual situação do Ipasgo e propôs um novo modelo de gestão para o Instituto: a autogestão. Em defesa deste modelo de administração, o deputado Mauro Rubem (PT) acredita que os próprios servidores públicos são os mais indicados a ocuparem a gestão do Instituto e que eles mesmos escolheriam, de forma democrática, os conselhos diretores.
Modelo
Para mostrar que é possível a existência de um plano de saúde de autogestão exclusivo dos próprios servidores do Estado, foi apresentado o exemplo da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado do Mato Grosso do Sul (Cassems). Estiveram presentes na audiência o presidente e o conselheiro fiscal da Cassems, Ricardo Ayache e Flávio Bernardini, respectivamente. Criada em fevereiro de 2001, a Cassems é referência nacional por ser a única empresa de autogestão estadual em todo o país. São os servidores públicos do Estado de Mato Grosso do Sul quem administram com plena autonomia o Instituto, que os beneficiam com plano de saúde.
Os resultados da autogestão no Instituto são os melhores possíveis: a Cassems conta hoje com aproximadamente 55.000 beneficiários titulares que representam o universo de 130.000 beneficiários incluídos, entre dependentes e convênios com prefeituras.
Para o titular da Comissão de Saúde e Promoção Social, deputado Mauro Rubem, “esse exemplo de Mato Grosso do Sul pode ser perfeitamente posto em prática aqui em Goiás”. De acordo com o parlamentar, a experiência positiva de 10 anos da Cassems mostra que a Ipasgo pode trilhar o mesmo caminho. “Eu acredito que podemos fazer [a transição para os servidores] de maneira madura. O Ipasgo não é apenas fundamental para os 653 mil segurados, como também para todos os goianos”, assevera.
Entretanto, o deputado Mauro Rubem acredita que a atual situação do Ipasgo é complicada. “Hoje, o Ipasgo tem uma má gestão e excesso de contratação desnecessária. Muitos ex-prefeitos e políticos derrotados estão na folha de pagamento e um diretor do Instituto é dono de plano de saúde. Isso é um absurdo! O plano de saúde deve ser gerido pelos próprios servidores. Nós estamos vendo que é abusiva a proposta de reajuste do governo. O Ipasgo não está tão ruim, portanto, não é justificável esse aumento na contribuição dos segurados”, conclui.
Requerimento
Ao fim da audiência, o petista foi ao plenário para solicitar a formação de uma comissão que irá até Campo Grande, Mato Grosso do Sul, conhecer a maneira como está estruturada a Cassems e analisar se é possível implantar a mesma forma de trabalho no Ipasgo.
A audiência pública desta terça serviu também para debater sobre a relação do Ipasgo com os prestadores e usuários, o reajuste abusivo nas contribuições de agregados e, principalmente, alternativas de fortalecimento do órgão como a concessão da gestão do Instituto para seus reais donos: os servidores – promessa feita pelo governador Marconi Perillo, em outubro de 1998, durante a campanha eleitoral.
Além do Sindsaúde, estiveram presentes ainda membros de diversas entidades sociais, como a Central Única de Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (Sindjustiça), Associação dos Policiais do Estado de Goiás, Associação dos Cabos e Soldados do Estado de Goiás, o deputado Itamar Barreto (DEM-GO), entre outros.
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