Iniciada na quarta-feira (14), a greve dos trabalhadores dos Correios completa hoje dois dias sem previsão de término. Em todo o Brasil, mais de 70% dos trabalhadores estão paralisados, o que representa um número de 80 mil pessoas. No estado de Goiás, 50% dos funcionários resolveram suspender seus serviços. Entre as reivindicações, consta a reposição das perdas salariais de 24,76% (acumuladas desde 1994), piso salarial de R$ 1.635 e reajuste de 7,16% (reposição da inflação). Com atuação direcionada ao fortalecimento e organização das lutas dos trabalhadores, o deputado Mauro Rubem (PT-GO), apoia a greve dos Correios por acreditar que a manifestação visa reivindicar melhores condições de trabalhos aos servidores e a construção de uma sociedade justa e igualitária.

Mauro Rubem, que é conhecido pelo seu histórico de luta em defesa da classe trabalhadora, já apoiou, inclusive, a greve dos trabalhadores dos Correios em 2007. Na época, ele se posicionou contra a possibilidade de total privatização dos Correios, apontando que a empresa atua em praticamente 100% do território brasileiro, mas que, com a privatização, passaria a cobrir apenas as regiões que dão lucro. “Parece que até hoje o Brasil não aprendeu com os prejuízos e as perdas que uma privatização traz ao País” complementou o petista na época. Desta vez, o petista considera que “chegou o momento de corrigir os muitos equívocos cometidos contra os trabalhadores".    

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Estado de Goiás (Sintect-GO) enfatiza estar aberto ao diálogo. Quanto à reabertura das negociações, a direção do Sindcet-GO ressalta que a mesma é de total responsabilidade da ECT. Até o momento, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ainda não apresentou nenhuma nova proposta quanto à essas reivindicações.