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Notícias dos Gabinetes
Mauro Rubem diz que projeto do Ipasgo aprovado gera prejuízos aos servidores públicos

01 de Novembro de 2011 às 10:45

A segunda votação do projeto proposto pelo Governo do Estado, que dispõe sobre o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiás (Ipasgo Saúde), nesta terça-feira, 25, foi marcada por forte discussão entre os parlamentares de oposição e da base governista. Isso devido ao fato de que o presidente da sessão plenária, deputado Fábio Sousa (PSDB), negou a solicitação dos deputados Mauro Rubem e Karlos Cabral (PT), feita antes do início dos votos, de que a votação fosse realizada por meio do painel eletrônico, com identificação dos deputados que votassem favoráveis ou contrários à proposta – uma garantia estabelecida no regimento interno da Assembleia.Read More

Com o pedido ignorado e o prosseguimento da votação, Mauro Rubem solicitou então à assessoria da Casa a listagem com o detalhamento dos votos e constatou graves erros no processo: deputados ausentes na sessão foram computados como votos favoráveis ao PL, enquanto que alguns parlamentares contrários ao projeto foram colocados como favoráveis à aprovação da proposta. Em posse da listagem, Mauro Rubem criticou a atitude de Fábio Sousa por favorecer a falta de transparência na votação: “Não podemos permitir que as sessões sejam presididas no calor de interesses partidários. O interesse da sociedade deve estar em primeiro lugar”, salientou.

Além disso, o petista enfatizou que “a diferença entre o Parlamento e o Executivo está em votar os projetos às claras. Todavia o senhor [referindo-se a Fábio Souza] estragou esse processo. Isso é uma injustiça!”. Karlos Cabral também demonstrou insatisfação na maneira pela qual foi conduzido o processo de votação: “Não vamos permitir que essa Casa, defensora da democracia, não tenha transparência e não aja de acordo com regimento”.

Os deputados que votaram contra o projeto do governo foram Mauro Rubem, Humberto Aidar, Karlos Cabral, Luis Cesar Bueno (PT), Bruno Peixoto (PMDB), Daniel Vilela (PMDB), Francisco Gedda (PTN), Major Araújo (PRB) e Wagner Siqueira (PMDB). Os deputados do PMDB, Lívio Luciano, Nélio Fortunato e Samuel Belchior não votaram, mas já haviam se manifestado, em outra ocasião, contra a propositura.

Mauro Rubem reforça que o embate irá continuar, porque o PL é desrespeitoso com os trabalhadores, e temas importantes, como a autogestão do órgão – promessa do governador Marconi Perillo que se arrasta há 13 anos – e o Conselho Deliberativo, não foram contemplados. “Queremos uma gestão democrática do Instituto, realizada pelos próprios servidores. Essa seria a emenda mais importante que apresentamos pois se refere a uma luta de mais de 20 anos. Já fizemos até greve de fome para que conquistássemos esse direito, mas não vamos desistir”, enfatiza.

Votaram a favor do Projeto de Lei que aumenta em 89% as mensalidades dos agregados do plano de saúde do Ipasgo e que aumenta o poder decisório nas mãos do presidente do Instituto: Ademir Menezes (PSD), Iso Moreira (PSDB), Álvaro Guimarães (PR), Carlos Antônio (PSC), Cristóvão Tormim (PSD), Elias Júnior (PMN), Evandro Magal (PP), Fábio Sousa (PSDB), Frederico Nascimento (PSD), Helder Valin (PSDB), Hélio de Souza (DEM), Jânio Darrot (PSDB), Jardel Sebba (PSDB), Dr. Joaquim de Castro (PSDB), José de Lima (PDT), Isaura Lemos (PCdoB), Misael Oliveira (PDT), Nilo Resende (DEM), Hildo do Candango (PTB), Paulo Cesar (PMDB), Sônia Chaves (PSDB), Talles Barreto (PTB), Túlio Isac (PSDB), Valcenôr Braz (PTB).

Com os inúmeros problemas na votação, alguns deputados da oposição afirmaram que vão questionar judicialmente a legalidade da aprovação do projeto.

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