Notícias dos Gabinetes Betinha defende informática e planejamento financeiro nos ensinos fundamental e médio em Goiás
26 de Setembro de 2007 às 10:51
- Projeto de lei complementar de autoria da deputada estadual Betinha Tejota altera a Lei complementar nº 26 de dezembro de 98, com o acréscimo de duas disciplinas na parte diversificada do currículo dos ensinos fundamental e médio em Goiás: noções de informática e planejamento financeiro, que fariam parte do grupo de matérias transversais do ensino (ou seja, não obrigatórias, como educação ambiental, sexual e para o trânsito; ética; estudos sobre prevenção, uso e abuso de drogas; estudos sócio-econômicos; programas de saúde). Como o principal método utilizado para crianças aprenderem cores, números e objetos é a linguagem visual, a metodologia que antes era feita com cartazes, lápis de cor, quadro negro e giz, agora, são substituídos por uma metodologia própria, feita através de softwares voltados ao público infantil. É notório que os alunos de escolas públicas têm menor acesso à informática, embora nos últimos anos tenham sido instalados em Goiás 234 laboratórios de informática em escolas estaduais, como atestam dados da Secretaria da Educação divulgados no Balanço de suas ações, lançado em relatório de 1999 a 2005. Em decorrência disso, há a necessidade de que conste no currículo das escolas o ensino de noções de informática, pois representará uma forma de forçar principalmente o Poder Público a investir na aquisição de mais computadores e na capacitação de professores para o ensino de informática. A inclusão também do ensino de noções de planejamento financeiro se justifica pela preocupação freqüente nos dias atuais com a educação financeira devido às mudanças socioeconômicas, que apontam para uma crescente instabilidade no trabalho e na remuneração. As crianças e os jovens de hoje têm uma percepção mais aguçada em relação a dinheiro e precisam de orientação para que possam ter uma relação sadia com o meio em que vivem. Desta forma é necessário que as escolas participem ativamente deste processo, ensinando noções básicas que possam ajudar a criança e o jovem a ser tornar um adulto que saiba realizar um planejamento financeiro, de forma a controlar suas finanças, aprendendo a gastar o dinheiro que ganha sem cometer excessos, pois a educação pode ser o antídoto contra o consumismo. Fazer os cálculos dos gastos mensais de uma família, por exemplo, ou listas de supermercados com as crianças são bons exercícios para estabelecer os limites financeiros de acordo com o orçamento doméstico. Outras oportunidades do dia-a-dia devem ser aproveitadas. É sempre possível estimular para os valores dos objetos, passando noções de "caro" e "barato", noções de como utilizar cartões de crédito ou cheques, sobre a existência de limites dos gastos com os mesmos e como funcionam os serviços bancários. É importante também incentivar a autonomia financeira e o planejamento, com a utilização da mesada, por exemplo. O projeto vai ser votado nesta quinta-feira na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia, e antes de ir a votação em plenário, deve ser avaliado pelo Conselho Estadual de Educação.
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