DISCURSO PROFERIDO PELO NOBRE DEPUTADO ROMILTON MORAES, NO MOMENTO DESTINADO AO PEQUENO EXPEDIENTE REALIZADO NO DIA 24 DE ABRIL DE 2008   

          Senhor Presidente;  Senhores Deputados;  Senhoras Deputadas.  

         O que nos traz à tribuna no dia de hoje é também a preocupação que estamos com a segurança pública. Aragarças é uma cidade importante do Estado de Goiás, está na história do nosso Estado, está na história da democracia brasileira. Quando dos idos aquela cidade serviu de palco para ações militares, que na época manifestavam insatisfação pelo Governo do então Presidente Juscelino Kubistchek. E, de pronto, o comando maior das forças militares deste País, na época solidário ao Presidente, reagiu a essa insurgência. E esse fato foi relevante, fazendo com que aquela cidade, por esse episódio e por uma série de outros também vinculados a ações da época de Getúlio Vargas, sendo um apoio importante para o desenvolvimento, de apoio efetivo à marcha para o Oeste, uma ação desenvolvimentista do Governo Vargas, que preconizava uma série de políticas públicas de interiorização do Brasil.  

        E Aragarças era o ponto de apoio disso tudo, e hoje aquela cidade integra um grande complexo: Aragarças, a cidade de Pontal, no Mato Grosso, a cidade de Barra do Garças, que é uma das cidades que mais crescem neste País. É um contingente muito grande que sobrevive e transita, de um lado para o outro, em perfeita liberdade, sem qualquer restrição de natureza legal, apesar de estar em uma região de fronteira, como se fosse até, apesar de bem Interior do Brasil, um dos pontos mais próximos da fronteira oeste deste País com o Paraguai, com a Bolívia, ou seja, um ponto muito estratégico.

         Por isso, Senhor Presidente, nós estamos vivendo uma situação muito difícil. Tínhamos poucos militares na rua fazendo ronda, fazendo a segurança do povo. Esses poucos militares, em outro dia, em função de uma ação da própria PM, foram transferidos para Goiânia presos, seis policiais militares, que estão sendo acusados de ações que não compactuam, não preconizam à ação militar. Portanto, esses militares que estavam na segurança pública vieram para a Capital, ou seja, não estão no dia-a-dia da cidade, e os que ali estão são insuficientes para fazer a segurança pública do povo de Aragarças e do povo daquela região. Se não bastassem as situações da cadeia pública, são situações precárias, também as condições de trabalho dos demais órgãos da segurança pública estão deixando a desejar, pelo tamanho, pela importância da cidade, pelo contingente populacional. 

        Outro dia, só para ilustrar o que estou dizendo aos senhores, aconteceu um atropelamento de uma criança no centro da cidade. Apesar de a vizinha do outro lado do rio Araguaia, a vizinha Barra do Garças, dispor de um moderno IML, o lado de cá não tem as mínimas condições, ou seja, o IML de Aragarças, que dá apoio, que presta serviço àquela cidade, está na cidade de Iporá, a mais de 200 km de distância. Isso tudo faz com que a população fique apreensiva, aguardando que o IML de Iporá chegue a Aragarças para poder prestar condições àquela comunidade, sendo que do lado de lá tem o IML de Mato Grosso, mas por questões legais não pode dar esse apoio. 

         Então, estou fazendo aqui, hoje, Senhor Presidente, Senhores Deputados, um apelo ao Secretário Roller, para que realmente procure resolver essa situação. A comunidade vive uma situação de pânico, de insegurança total. Estão lá a Maçonoria, os clubes de serviços, as entidades, a imprensa daquele complexo, procurando até uma audiência junto ao Governador Alcides Rodrigues e ao Secretário Ernesto Roller, para que possamos encontrar soluções emergenciais, porque a bandidagem, Deputado José Nelto, já está sabendo dessa situação de pouca presença policial, e já estão aumentando significativamente os crimes, os roubos. A cidade de Aragarças começa a ser hospedeira de criminosos do lado do Mato Grosso, que se transferem para Goiás para fugirem da ação policial do Estado de Mato Grosso.  

         Então, a situação ali é dramática, e precisa haver uma ação urgente do Poder Público.

Romilton Moraes - deputado estadual